ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, atribui ao PT a responsabilidade pelo insucesso na construção da ponte Salvador-Itaparica. Em declarações nesta segunda-feira (21), Neto apontou que o projeto, anunciado em 2009 com previsão de conclusão em 2013, consumiu cerca de R$ 300 milhões somente em etapas de planejamento, porém não apresenta qualquer estrutura construída na Baía de Todos-os-Santos.
Durante um evento pela manhã, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou que o custo atual do projeto se aproxima dos R$ 13 bilhões, um acréscimo de R$ 6 bilhões em relação à estimativa inicial. Além disso, Jerônimo Rodrigues não excluiu a possibilidade de considerar o cancelamento do contrato com o consórcio encarregado da construção.
ACM Neto rebateu essas declarações, destacando que o projeto original foi proposto pelo ex-governador Jaques Wagner em 2009. Ele ressaltou que, ao longo dos anos, houve governos de Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues, este último prometendo iniciar a obra durante a campanha do ano anterior. No entanto, após 14 anos, nada concreto foi realizado.
O líder da Fundação Índigo também mencionou que o governo estadual gastou consideráveis recursos em campanhas publicitárias para promover a construção da ponte, mas lamentavelmente, a realidade não correspondeu às promessas. Ele também destacou que recentemente o governo anunciou o fim do contrato do VLT e interrompeu a operação dos trens do Subúrbio, o que afetou o transporte da população.
ACM Neto enfatizou que o governador Jerônimo Rodrigues precisa demonstrar maior respeito pela população da Bahia. Ele observou que, após 17 anos de comando do estado, as mesmas promessas e desculpas são recorrentes. Neto concluiu que é necessário que o governo se concentre em encontrar soluções ao invés de buscar desculpas, referindo-se à saga da ponte Salvador-Itaparica, que lamentavelmente parece estar sem um desfecho favorável à vista.