Deputado destaca que a utilização da aeronave pela ministra da Igualdade ocorre em um momento “inoportuno” diante das “despesas elevadas” do governo federal
O uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, tem sido criticado por congressistas da oposição. O deputado federal baiano Capitão Alden destaca que a utilização da aeronave pela chefe da pasta ocorre em um momento “inoportuno” diante das “despesas elevadas” do governo federal.
“O que nós estamos pontuando é que nós vivemos um contexto de despesas elevadas, proveniente do governo federal com viagens internacionais que já ultrapassaram a marca de R$ 30 milhões em custos, principalmente com hospedagens”, disse Alden.
O parlamentar aponta contradições no discurso do governo Lula sobre a deficiência de recursos encontrada pela gestão após a passagem de Jair Bolsonaro (PL) pela Presidência. Segundo o deputado, “o governo [que] a todo momento fala que não tem recurso, está esbanjando” dinheiro “internacionalmente”.
“A crítica da oposição se dá no sentido de que esse governo a todo momento fala que não tem recurso, que não tem nenhum tipo de recurso para bancar programas sociais. O próprio governo federal disse no momento em que assumiu o mandato que recebeu uma ‘herança maldita’ da gestão passada. O governo que vem dizendo isso está esbanjando recursos internacionalmente, ajudando países com empréstimos”, diz o deputado.
“Estamos falando de um governo que a todo momento tem sinalizado o aumento de impostos, de taxas e tributos dos mais diversos setores, atingindo em cheio todos os setores e nenhuma sinalização de redução de imposto, o contrário do que fez o presidente Jair Bolsonaro. A todo momento ele sinalizava a redução de impostos, de cargas tributárias, movimentando e fomentando a economia”, completa.
No domingo (24), Anielle participou de um ato do governo para assinar “um protocolo de intenções em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)” contra o racismo no futebol. O evento foi realizado no Estádio do Morumbi, em São Paulo, onde ocorreu a final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo.
Alden criticou Anielle por “fazer uma piada” ao dizer que estava “se dirigindo para ver o jogo”. O capitão da Polícia Militar da Bahia ressalta ainda que a ministra poderia cumprir a agenda “em qualquer outro momento, não necessariamente no dia do jogo”.
“Cada voo da FAB é avaliado em R$ 40 mil. Ela poderia fazer essa agenda em qualquer outro momento, não necessariamente no dia do jogo e ainda fazer uma piada de que estava se dirigindo para ver o jogo, partido pelo qual ela torce. Foi inoportuno o momento. O momento e a forma que foi feito não foi adequado. Ela poderia, a qualquer momento, assinar o documento”, afirma Capitão Alden.
De acordo com o Decreto Nº 10.267, assinado em 5 de março de 2020 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros de Estado “poderão requerer transporte aéreo em aeronave do Comando da Aeronáutica”. Segundo o documento, “as solicitações de transporte serão atendidas, por ordem de prioridade: por motivo de emergência médica; por motivo de segurança; e por motivo de viagem a serviço”.
Fonte: bahia.ba