A Americanas está prestes a concluir a maior capitalização da história, totalizando cerca de R$ 24 bilhões. As negociações entre acionistas e bancos credores têm previsão de fechamento nesta terça-feira (21), segundo fontes envolvidas nas discussões.
Apesar da exclusão do Banco Safra até o momento, a conclusão do acordo não está inviabilizada, e a expectativa é que o Safra reveja sua posição e assine o acordo. Caso a proposta seja finalizada, ela será encaminhada ao juiz responsável pela recuperação da companhia. Se o plano for considerado viável, será submetido à apreciação de todos os credores.
O acordo envolve a conversão de parte dos créditos de bancos como Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, totalizando R$ 19,5 bilhões, em até R$ 12 bilhões em ações da Americanas. O restante dos créditos seguirá o fluxo de pagamentos, com parcelas e descontos, dentro do processo de recuperação.
Os acionistas principais, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, bilionários, contribuirão com até R$ 12 bilhões na empresa. Esses recursos visam fortalecer a varejista, que enfrenta um processo de recuperação judicial com uma dívida de R$ 42,6 bilhões, decorrente de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões relacionadas a operações com fornecedores, conhecidas como risco sacado.