A situação está cada vez mais tensa no Partido Liberal com a entrada do candidato à reeleição presidencial, Bolsonaro. O novo integrante tem gerado desgaste e ruptura no partido. Recentemente o PL perdeu uma de suas maiores lideranças: o deputado e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos teve a sua desfiliação autorizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). De acordo com o Deputado “Com a chegada de Bolsonaro, o PL não é mais de centro-direita, está perto de algo mais extremista”.
A pressão em cima dos correligionários a fim de reeleger o atual presidente não é uma tarefa fácil. Em pesquisa de intenção de voto divulgada ontem (22), Bolsonaro aparece mal, e sem indicações de que possa melhorar.
Os correligionários mostram-se preocupados com o futuro do partido, principalmente, pela alta de pedidos de desfiliação e a opressão que vem sofrendo. As divergências são por motivos tanto ideológicos, como em relação à condução do governo federal no que tange a pandemia e economia do país. O discurso impositor e pouco flexível do candidato torna quase impossível reverter votos ao presidenciável.
A cúpula bolsonarista tem demonstrado não estar agradada com as presidências estaduais que vêm mantendo discursos imparciais. Na Bahia, os bolsonaristas pretendem adotar uma postura mais rígida no partido a começar pela substituição do atual presidente, José Carlos Araújo, e mudanças nos diretórios municipais. É sabido que o estado tem o menor índice de aprovação do candidato e por isso os correligionários que permanecerem no partido deverão se desdobrar.
Essa situação, sem dúvidas, prejudicará as campanhas para as câmaras estaduais e federais de 2022. Em Lauro de Freitas, a maior liderança do partido e vereadora mais votada – Débora Regis – vem mantendo discurso apaziguador, flexível e empático com a população, características essas que destoam da rigidez, intolerância e agressividade do candidato a reeleição
Data da publicação: 23/12/2021