Anvisa aprova medicamento que pode retardar avanço do Alzheimer em estágio inicial
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do donanemabe, medicamento indicado para retardar a progressão do Alzheimer em pacientes que se encontram nos estágios iniciais da doença. Comercializado com o nome de Kinsula, o fármaco é produzido pela farmacêutica Eli Lilly e já havia recebido aprovação nos Estados Unidos em julho de 2023.
O donanemabe é administrado por injeções mensais e foi testado em um estudo clínico com 1.736 pacientes que apresentavam comprometimento cognitivo leve e demência leve, além da presença de placas da proteína beta-amiloide no cérebro, um dos principais marcadores do Alzheimer.
Os resultados do estudo indicaram que o medicamento retardou a progressão da doença em 35% nos pacientes com estágio menos avançado, e em 22% na população geral avaliada. Os pacientes tratados com o donanemabe também apresentaram melhor desempenho cognitivo e funcional em relação aos que receberam placebo.
Embora o Alzheimer ainda não tenha cura, a aprovação do medicamento é vista como um avanço significativo no combate à doença, que é neurodegenerativa e progressiva.
A Anvisa ressaltou que o uso do donanemabe é contraindicado para pacientes que fazem uso de anticoagulantes, como a varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
A agência afirmou que continuará realizando o monitoramento rigoroso da segurança e eficácia do medicamento no Brasil.