Banco do Brasil lança cartão em braile para inclusão de pessoas com deficiência visual
O Banco do Brasil deu um passo significativo em direção à inclusão bancária ao lançar o primeiro cartão bancário totalmente impresso em braile do país. A iniciativa visa promover a autonomia e acessibilidade das pessoas com deficiência visual, tornando os serviços bancários mais acessíveis e seguros.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou que o lançamento do cartão em braile estabelece um novo padrão de inclusão no setor financeiro, reforçando o compromisso do banco com a acessibilidade e a diversidade.
Para o presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Beto Pereira, a iniciativa não apenas ressalta a importância do Sistema Braile, mas também promove inclusão e acessibilidade para pessoas cegas. Ele ressaltou a simbologia especial da ação, especialmente em comemoração ao Dia Nacional do Sistema Braile e aos 200 anos de sua invenção no próximo ano.
O lançamento do cartão em braile ocorreu na última segunda-feira (8), em homenagem ao Dia Nacional do Sistema Braile, que busca conscientizar a população sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência visual.
Para solicitar o novo cartão, os clientes do Banco do Brasil autodeclarados como cegos ou com deficiência visual podem fazê-lo pelo aplicativo BB ou em uma agência bancária. Eles receberão um kit contendo o cartão impresso em braile, além de material explicativo em alto relevo e caracteres ampliados para facilitar a leitura dos clientes com baixa visão.
O Sistema Braile, inventado pelo pedagogo francês Louis Braille em 1825, é fundamental para a alfabetização e inclusão de pessoas com deficiência visual. A leitura e escrita por meio do Braile possibilitam o acesso à educação e promovem a inclusão dessas pessoas na sociedade.
O Dia Nacional do Sistema Braile é uma homenagem ao professor José Álvares de Azevedo, responsável por trazer o Sistema Braile ao Brasil em 1854 e idealizador da primeira escola para cegos no país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant.