A partir desta semana, o BRT conta com duas novas motoristas: Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez. A iniciativa começou na segunda-feira (12) e resulta de uma parceria entre as secretarias municipais de Mobilidade (Semob) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), além de empresas de transporte, dentro do programa Mulheres no Volante.
Ilmara Sales, de 53 anos, que já trabalhava como cobradora desde 2014, destacou a importância de ser uma das primeiras motoristas do BRT e como isso pode inspirar outras mulheres. “Só o fato de estarmos aqui como pioneiras já incentiva outras mulheres. É uma excelente forma de empoderamento feminino”, afirmou.
Carla Maltez, de 41 anos, também ex-cobradora, percorreu várias funções até chegar ao BRT. “São muitos desafios. Cada passo que damos é um degrau a mais. Cada processo traz algo novo, e precisamos nos adaptar às mudanças”, disse ela, ressaltando a importância da capacitação, que incluiu treinamento para veículos elétricos e sistemas informatizados.
O secretário da Semob, Fabrizzio Muller, destacou que essa é uma medida significativa para promover a igualdade de gênero no transporte público. “Essa é uma profissão predominantemente masculina, e essa capacitação é fundamental para que essas mulheres sejam pioneiras e inspirem outras a seguir o mesmo caminho”, declarou.
Fernanda Lordêlo, titular da SPMJ, explicou que o programa Mulheres no Volante, em parceria com o Sest Senat, busca alunas egressas do curso especializado de condutor de veículos coletivos de passageiros para que possam se tornar futuras motoristas do BRT.
“Não podemos falar em equidade de gênero sem trabalhar na empregabilidade das mulheres, que são maioria em nossa cidade. Oferecer oportunidades equânimes no mercado de trabalho é crucial para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ao ajudar essas mulheres a conquistar autonomia, fortalecemos sua independência e poder de decisão, melhorando sua qualidade de vida”, refletiu a gestora.
O instrutor de motoristas Florisvaldo Silva ressaltou a importância de ver as mulheres alcançando essa nova função. “A capacitação e o processo seletivo são iguais para todos, sem distinção de gênero. O treinamento oferecido é o mesmo para homens e mulheres, garantindo igualdade de condições para todos”, enfatizou.