A Câmara dos Deputados retoma nesta quarta-feira (4) as discussões sobre o fim da escala de trabalho 6×1, em um debate organizado pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial. A iniciativa parte da deputada federal Erika Hilton (PSOL), que solicitou o debate no plenário.
Argumentos da Proposta
Erika Hilton defende que a escala 6×1, em que o trabalhador atua por seis dias consecutivos e folga apenas um, é prejudicial à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores.
“A carga horária imposta por essa escala afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares. É uma das principais causas de exaustão física e mental,” afirmou a deputada.
Posicionamentos Divergentes
A proposta, no entanto, gera controvérsias:
- Apoiadores do fim da escala, incluindo parte dos governistas, argumentam que a medida é necessária para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida dos empregados.
- Parlamentares da oposição, por outro lado, defendem que mudanças na jornada de trabalho devem ser negociadas diretamente entre empregadores e empregados, sem a imposição de novas regras gerais.
Impacto e Próximos Passos
A discussão ocorre em um momento em que a flexibilização e a adaptação das leis trabalhistas estão no centro do debate legislativo. Ainda não há consenso sobre a implementação de um modelo alternativo à escala 6×1, o que deve prolongar as negociações no Congresso.
O debate no plenário promete atrair atenção de sindicatos, empresas e trabalhadores diretamente impactados pela medida.