De olho nas eleições 2024 – por Paulo Maneira
Em Lauro de Freitas, a oposição a gestão municipal liderada por Moema Gramacho (PT) começou a se reunir a 10 meses da eleição. A discussão pela escolha de apenas um nome será muito difícil, pois alguns nomes estão na fila de espera há algum tempo.
João Leão (PP), foi prefeito na cidade em
1989, fez o seu sucessor Otávio Pimentel em 1992, Roberto Muniz em 1996 e Marcelo Abreu (PSDB) em 2000. Em 2012, Leão apoiou e ajudou a eleger Dr. Márcio Paiva (PP) e em 2022 seu partido apoiou a reeleição da atual prefeita Moema.
Mateus Reis (PSDB), ex-vereador na cidade, foi o candidato do bloco de oposição em 2016, que em 2020 abriu mão da oportunidade para apoiar Teobaldo Costa (União) e ser o vice em sua chapa. Por sua vez, Teobaldo foi o candidato de oposição mais bem votado nas eleições de 2020.
Ainda em 2020, Mirela Macedo (União) junto com o então vereador Fausto Franco foram candidatos de oposição na cidade. Mirela foi eleita em 2016 como vice-prefeita de Moema e abriu mão do cargo para assumir o mandato de deputada estadual.
Débora Régis (PDT), foi eleita vereadora em 2016 pela base de Moema, mas em 2020 rompeu com a gestora e apoiou Teobaldo Costa. O fato de ter sido a vereadora mais bem votada na cidade em 2020 a credencia a disputar a cadeira de prefeita. Mas primeiro a edil precisa passar pelo julgamento no Supremo Tribunal Eleitoral que analisa a prestação de suas contas na campanha passada.
O vereador Gabriel Bandarra (Novo), não esperou nem uma semana depois da reunião de união do grupo de oposição para se declarar candidato a prefeito, isoladamente, pelo partido Novo.
Acontece que com a decisão fechada em 5 nomes prováveis; Leão, Mateus, Teobaldo, Mirela e Débora, outros nomes oposicionistas estão sendo excluídos da disputa pela cadeira da prefeitura, o que faz com que alguns “excluídos” sejam cortejados pelo grupo da atual gestora.
Moema jogou a divulgação da sua escolha para março de 2024, apesar de já possuir nomes muito bem apresentados e certamente definidos. Ailton Florêncio (PT) segue liderando as principais ações da prefeitura, seguido do seu aliado de primeira linha Antônio Rosalvo (PT).
A presidente da câmara Naide Brito (PT) também é uma sugestão de nome, porém deverá manter sua candidatura a vereadora. O vice-prefeito Vidigal Cafezeiro (Republicanos), apesar de ser o preferido do grupo de secretários, internamente, ainda encontra dificuldades para emplacar sua candidatura.
Os secretários Tito Coelho (PP), Cézar Augusto (PP) e Decinho (Republicanos) precisam tomar a decisão se mantém a pré-candidatura até março para não prejudicar uma provável candidatura a vereança.
Camaçari
Em Camaçari, o prefeito Elinaldo Araújo (União) fez a escolha do seu candidato a prefeito para enfrentar o PT, do ex-prefeito Luiz Caetano. Flavio Matos (União), atual presidente da câmara, foi a pessoa que conseguiu juntar o maior número de predicados para combater o forte candidato.
A disputa definida entre Luiz Caetano e Flavio Matos pode abrir espaço para mais alguns personagens caso seja definido um segundo turno na cidade – 200 mil eleitores no dia 8 de maio de 2024. Até lá o jogo pode embaralhar, mas não deverá sair desta polarização.
Definidos os candidatos a prefeito, agora a procura pelo vice-prefeito das chapas será a próxima etapa a ser vencida na cidade. Enquanto Caetano sonha em desarticular a chapa do prefeito atraindo lideranças de lá para compor a sua chapa, Flavio poderá encontrar a solução para a equação em sua própria base.
O vereador Júnior Borges (União), que também era uma possibilidade de escolha para a sucessão, deixou claro que o caminho dele é seguir na base do prefeito Elinaldo e de ACM Neto na cidade de Camaçari, apesar do carinho e apreço que ele tem pelo atual vice-governador do estado Geraldo Júnior (MDB). Nome forte para ocupar a vaga de vice-prefeita é a Professora Angélica (PP), mulher negra, professora e cristã sai na frente para a vaga. O nome da secretaria de cultura Márcia Tude também é ventilado para o cargo.
Salvador
Na capital, Bruno Reis (União) segue tocando a sua gestão com a vice Ana Paula Matos (PDT) seguindo a máxima de que “time que está ganhando não se meche”. Logo, deverá fazer uma campanha de continuidade. Contudo, o prefeito prometeu fazer no início do próximo ano algumas alterações nos quadros da gestão para se adequar a lei eleitoral e acomodar novos aliados.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) precisa definir o caminho que a oposição deverá construir na cidade para ter tempo hábil de construção de uma candidatura. Caso contrário a fórmula usada na capital será a mesma de anos passados onde políticos colocam seus nomes como candidatos só para não serem esquecidos em 2026.
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