Dólar abre em queda ante o real após maior valor em dois anos e meio
Após atingir o maior valor em dois anos e meio, em vista do recuo da moeda norte-americana ante a maior parte das divisas no exterior, o dólar abriu com queda ante o real nesta quinta-feira (27). Investidores avaliavam também o Relatório de Inflação do Banco Central, que trouxe uma melhora na projeção de crescimento do PIB em 2024, mas uma piora na expectativa de déficit em transações correntes.
Cotação do Dólar Hoje
Em matéria apurada pela InfoMoney, às 9h22 (horário de Brasília), o dólar à vista caía 0,45%, sendo cotado a R$ 5,494 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,54%, aos R$ 5,499. O resultado vem após o dólar à vista encerrar a quarta-feira cotado a R$ 5,519 na venda, em alta de 1,18%, no maior valor de fechamento desde 18 de janeiro de 2022, quando foi cotado a R$ 5,5608.
Dólar Comercial
- Compra: R$ 5,494
- Venda: R$ 5,494
Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,530
- Venda: R$ 5,720
Apesar dos valores elevados, o Banco Central apontou uma melhora em sua projeção de crescimento econômico para 2024, com um aumento previsto de 2,3%, ante uma alta de 1,9% estimada em março, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No entanto, a estimativa para o déficit em transações correntes em 2023 piorou, com uma projeção de saldo negativo de US$ 53 bilhões, em comparação ao déficit de US$ 48 bilhões projetado em março.
Em relação à condução dos juros básicos, o relatório reiterou a mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para consolidar não apenas o processo de desinflação, mas também a ancoragem das expectativas em torno das metas.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, comentarão o relatório a partir das 11h. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de uma reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento, com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de outros integrantes do primeiro escalão.