O dólar à vista abriu em alta nesta segunda-feira (11), refletindo a tensão nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Investidores acompanham a expectativa pelo anúncio de um plano de contingência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para empresas brasileiras impactadas pela tarifa de 50% imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em vigor desde a última quarta-feira (6).
Analistas também aguardam pronunciamentos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o assunto. Haddad tem reunião agendada nesta semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, encontro considerado estratégico para tentar reduzir as tensões.
Por determinação de Lula, a Fazenda prepara uma lista de possíveis medidas de retaliação com base na Lei da Reciprocidade. Apesar disso, o presidente tem sinalizado preferência por um acordo diplomático que preserve a soberania brasileira e evite novos embates comerciais.
Às 9h09, o dólar à vista subia 0,23%, cotado a R$ 5,448 na venda. Na B3, o contrato futuro de primeiro vencimento (DOLc1) avançava 0,24%, a R$ 5,475. Na sexta-feira (8), a moeda norte-americana havia encerrado o dia em alta de 0,2%, a R$ 5,43415.
O Banco Central anunciou para esta sessão um leilão de até 35 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.
Cotações desta segunda-feira (11):
- Dólar comercial: compra a R$ 5,447 e venda a R$ 5,448
- Dólar turismo: compra a R$ 5,528 e venda a R$ 5,708