Dólar opera com estabilidade nesta quarta (25), com foco nos leilões simultâneos do Banco Central
O dólar à vista iniciou o pregão desta quarta-feira (25) com variação próxima da estabilidade em relação ao real, enquanto os investidores observam o cenário externo, as medidas do Banco Central (BC) brasileiro e o andamento do conflito geopolítico entre Israel e Irã, que teve um recente cessar-fogo.
Por volta das 9h12, a moeda norte-americana registrava alta de 0,28%, cotada a R$ 5,534 na venda. Já o dólar futuro com vencimento mais próximo subia 0,15%, a R$ 5,526 na B3, a bolsa de valores brasileira.
Além da questão geopolítica, os mercados seguem atentos à política monetária dos Estados Unidos, especialmente após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que afirmou na terça-feira (24) que o aumento das tarifas comerciais pode começar a pressionar a inflação norte-americana. Powell volta a prestar depoimento ao Congresso dos EUA nesta quarta, e investidores aguardam pistas sobre possíveis mudanças na taxa básica de juros americana.
Intervenção do Banco Central
O principal destaque do dia no mercado doméstico é a realização de dois leilões simultâneos pelo Banco Central, ambos programados para ocorrer entre 9h30 e 9h35. Em um deles, o BC vai ofertar US$ 1 bilhão à vista no mercado de câmbio. No outro, será realizada uma operação de swap reverso – instrumento que serve para retirar dólares do mercado futuro e ajudar a conter a volatilidade –, com a oferta de 20 mil contratos, o equivalente também a US$ 1 bilhão.
Essas medidas visam garantir liquidez e suavizar oscilações excessivas na taxa de câmbio, principalmente em um momento de incertezas globais e de forte demanda por proteção cambial por parte de investidores.
Cotações atualizadas
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,533
- Venda: R$ 5,534
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,547
- Venda: R$ 5,727
Contexto geral
O real tem acompanhado a tendência de outras moedas emergentes, com desempenho pressionado diante do fortalecimento do dólar no cenário global. A preocupação com a inflação persistente nos EUA e os desdobramentos geopolíticos continuam a influenciar o humor dos mercados. No Brasil, além dos leilões cambiais, os investidores também monitoram os impactos das decisões de política monetária do Banco Central brasileiro e seus reflexos na taxa de juros e no crescimento econômico.