Os primeiros negócios pós-Carnaval viram o dólar apresentar ligeira alta em relação ao real, influenciados pelos dados norte-americanos de inflação, que surpreenderam positivamente os investidores. A publicação desses dados, enquanto o mercado brasileiro estava fechado para o feriado, gerou reflexos na retomada das atividades. Com muitos participantes estendendo o feriado e operando em um período de horário reduzido, a liquidez foi destacada como muito reduzida. Os números dos Estados Unidos indicaram um avanço anual de 3,1% no índice de preços ao consumidor em janeiro, superando as expectativas de alta de 2,9%. Isso levou a uma revisão das expectativas para os cortes de juros pelo Federal Reserve este ano, com o mercado praticamente descartando a possibilidade de afrouxamento monetário em março e reduzindo as apostas para um corte em maio. Analistas do Citi apontaram que o dólar tende a se fortalecer globalmente após liquidações de títulos norte-americanos provocadas por dados de inflação. Apesar dessa tendência, moedas emergentes, incluindo o real, continuam apresentando bom desempenho na média, graças ao carrego elevado dessas moedas em estratégias de “carry trade”. Na última sessão antes do Carnaval, o dólar à vista fechou cotado a 4,9595 reais na venda, com uma baixa de 0,72%.