Dólar tem forte queda após payroll fraco e tarifas de Trump; Haddad critica percentual sobre produtos brasileiros
O dólar iniciou esta sexta-feira (1º) em forte queda, após a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll) mostrar números bem abaixo das expectativas. A desaceleração no mercado de trabalho americano se somou à repercussão das novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump, pressionando a cotação da moeda.
De acordo com o InfoMoney, a economia norte-americana criou apenas 73 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no último mês — resultado bem inferior às 110 mil projetadas por analistas da Reuters e às 147 mil vagas registradas no mês anterior.
No Brasil, o cenário também é influenciado pela reação do governo federal às tarifas impostas por Trump, que estabeleceu um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, a maior alíquota aplicada pelos EUA a qualquer país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há justificativa técnica para o percentual e prometeu ações diplomáticas e comerciais em resposta, com possíveis medidas de proteção para agricultura e indústria já na próxima semana.
“Esse suporte aos setores afetados não ficará fora da meta fiscal”, garantiu o ministro.
Cotação do dólar nesta sexta (1º)
- Dólar à vista (10h17): queda de 1,15%, cotado a R$ 5,537 na venda.
- Dólar futuro (setembro, na B3): queda de 1,26%, negociado a R$ 5,58.
Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,536
- Venda: R$ 5,537
Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,557
- Venda: R$ 5,749
O movimento de queda do dólar pode continuar ao longo do dia, conforme o mercado digere os dados econômicos fracos dos EUA e a tensão comercial entre Washington e Brasília.