Ministros do presidente Lula deixaram os governos de seus estados com recordes de desmatamento do cerrado em um período de oito a dez anos, segundo um levantamento realizado pela Folha de S. Paulo. Os dados tiveram como base o Programa de Monitoramento do Desmatamento por Satélite (Prodes) e os registros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ao longo daquele período.
No Maranhão, governado entre 2015 e 2022 por Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o desmatamento do cerrado atingiu 2.834 km² no ano passado, de acordo com dados do Prodes. O estado de Dino liderou o desmatamento do cerrado, concentrando mais de um quarto da área total afetada.
O levantamento também apontou um recorde de desmatamento em dez anos na Bahia, que foi governada nos últimos oito anos pelo atual ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Segundo os dados do Inpe, foram 1.428 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022, um avanço de 54% em relação ao mesmo período anterior.
De acordo com dados do Inpe, a área de desmatamento mais que dobrou com 1.189 km² desmatados de agosto de 2021 a julho de 2022 no Piaui. O estado teve como último governador o atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT).
Os ministros ainda não se manifestaram sobre a alta taxa de desmatamento na época de seus governos, assunto que inclusive foi tema de debate na campanha eleitoral para presidente da República, no ano passado.
Nos estados da região Norte, também houve aumento de desmatamento em 2022. A perda do bioma no Tocantins foi de 2.128 km2 no ano passado, maior valor desde 2015, segundo os dados Inpe.
Fonte: Brasil 61