O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que não conhece a empresa chinesa Shein. A companhia já domina 27% do e-commerce de roupas e calçados no Brasil e 5% de todo o varejo de vestuário no país.
A declaração do ministro foi dada em resposta a um questionamento sobre o que pode mudar para os consumidores se o governo passar a taxar plataformas de venda internacionais, como a Shein, com o fim da isenção de impostos a encomendas importadas de valores até US$ 50.
“Não muda nada. Vocês falam da Shein como se eu conhecesse. Eu não conheço a Shein. O que eu sei é o seguinte: o único portal que eu conheço é o da Amazon, porque eu compro todo dia um livro, pelo menos”, declarou o ministro a jornalistas que acompanham a comitiva presidencial na China.
O ministro disse ainda que “uma grande dessas” [plataformas de compras estrangeiras] o procurou para esclarecer ao governo que não pratica nenhum tipo de burla do sistema tributário brasileiro.
“Já fomos procurados por uma grande dessas dizendo: ‘quero me regularizar, não quero que pareça à opinião pública brasileira, ao governo brasileiro, que eu estou aqui me valendo de um artifício para ampliar minha participação de mercado’. Uma empresa séria não faz isso”, apontou Haddad.
A Tarde