A Força Aérea Brasileira (FAB) já se prepara para uma possível operação de resgate de brasileiros no Líbano, em meio ao aumento dos bombardeios israelenses no país. Segundo o comandante da FAB, Marcelo Damasceno, em entrevista à CNN Brasil, embora ainda não haja uma decisão formal sobre a operação, as preparações estão em andamento.
O cenário lembra a operação “Voltando para a Paz”, realizada no ano passado, quando cerca de 1,5 mil brasileiros foram resgatados da Faixa de Gaza, fortemente afetada pelo conflito entre Israel e o Hamas. Agora, com Israel focado em combater o grupo Hezbollah no Líbano, as preocupações cresceram, especialmente após a morte de Ali Kamal Abdallah, um jovem brasileiro de 15 anos, natural de Foz do Iguaçu (PR), e seu pai, Kamal Hussein Abdallah, em um ataque israelense na região do Vale do Bekaa.
Cadastro e doações
Enquanto uma decisão formal sobre a retirada de brasileiros do Líbano ainda não foi tomada, a Embaixada do Brasil em Beirute já iniciou a atualização do cadastro dos cidadãos que estão no país, sejam turistas ou residentes, para oferecer assistência consular e planejar uma possível operação de retirada.
A embaixada tem orientado os brasileiros a evitar viagens ao Líbano e, se possível, deixar o país por meios próprios até que a situação volte à normalidade. Aos que decidirem permanecer, recomenda-se evitar áreas de alto risco, como o sul do país e zonas de fronteira.
Além disso, a embaixada compartilhou números de emergência do Líbano, como os contatos da Cruz Vermelha, Defesa Civil e outros serviços essenciais, enquanto orienta que mensagens por WhatsApp sejam enviadas aos telefones de plantão consular devido à alta demanda de chamadas.
Em paralelo, o consulado do Líbano em São Paulo divulgou uma campanha para arrecadação de fundos para a compra de medicamentos, com depósitos sendo aceitos no Banco do Brasil e doações por Pix.