Governo federal propõe reforma na previdência dos militares em pacote de cortes de gastos

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O Ministério da Defesa e a equipe econômica do governo chegaram a um acordo para reduzir os custos da previdência dos militares. A medida integra o pacote de ajustes do Ministério da Fazenda para conter o aumento da dívida pública e será discutida em uma reunião nesta quinta-feira (21) entre o ministro Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Principais mudanças propostas

  1. Idade mínima para reserva remunerada:
    • Atualmente, é exigido um tempo mínimo de 35 anos de serviço, sem idade mínima.
    • Com a reforma, a idade mínima será de 55 anos, implementada de forma gradual.
  2. Fim da “morte ficta”:
    • Militares expulsos das Forças Armadas não poderão mais garantir pensão para suas famílias.
    • A família terá acesso somente ao auxílio-reclusão, como já ocorre para outros servidores públicos regidos pela Lei 8.112/90.
  3. Contribuição para o Fundo de Saúde:
    • Fixação de uma alíquota de 3,5% sobre a remuneração até janeiro de 2026.
  4. Regras para pensões:
    • Após o falecimento do militar, a pensão será restrita aos beneficiários da 1ª ordem (cônjuge, companheiro(a) e filhos).
    • Beneficiários da 2ª e 3ª ordens (pais e irmãos dependentes) não poderão mais receber pensão sucessiva.

Contexto e impacto

Essas mudanças ocorrem em meio à busca por alternativas para ajustar o orçamento público e reduzir o peso crescente da dívida federal. A previdência militar é uma área sensível, historicamente vista como de menor impacto em reformas gerais. Haddad havia destacado que faltava apenas a aprovação da Defesa para consolidar o pacote de cortes de gastos.

Além das medidas relacionadas aos militares, o pacote engloba ajustes em outras áreas do governo, visando maior controle fiscal e equilíbrio das contas públicas.

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