Insegurança alimentar na Bahia atinge menor nível em 20 anos, aponta IBGE
Estado ainda tem 2,1 milhões de lares com dificuldade de acesso à alimentação
A insegurança alimentar na Bahia registrou, em 2024, o menor patamar dos últimos 20 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da melhora, o problema ainda atinge 37,8% dos domicílios baianos, o equivalente a 2,1 milhões de residências com algum grau de dificuldade para garantir alimentação adequada e regular.
O percentual representa uma queda de 3,2% em relação a 2023 — menos 74 mil lares — e retorna ao mesmo nível observado em 2013, quando o estado havia atingido o melhor resultado da série histórica.
Mesmo assim, a Bahia subiu da 6ª para a 5ª posição nacional entre os estados com maior proporção de domicílios em insegurança alimentar, já que a redução foi inferior à média brasileira (de 27,6% para 24,2%, uma queda de 3,4 pontos percentuais).
Menos pessoas em situação de vulnerabilidade
O levantamento mostra que 5,8 milhões de baianos viviam, em 2024, em lares com algum grau de insegurança alimentar — 7,5% a menos que no ano anterior. Esse número representa 39,1% da população do estado. Ainda assim, a Bahia mantém o segundo maior contingente absoluto de pessoas nessa situação no país, atrás apenas de São Paulo.
Tipos de insegurança alimentar
A pesquisa classifica a insegurança alimentar em três níveis:
- Leve (23,8%) — quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos, sem falta efetiva de comida. Foram 1,334 milhão de domicílios, número estável em relação a 2023.
- Moderada (8,5%) — caracterizada pela redução na quantidade ou qualidade dos alimentos, afetando principalmente os adultos. Caiu de 9,7% para 8,5%, alcançando 477 mil lares.
- Grave (5,4%) — quando há privação de alimentos para todos os moradores, inclusive crianças, com risco de fome. O total recuou 9%, chegando a 304 mil domicílios, onde vivem 707 mil pessoas.
Mesmo com a queda, a Bahia segue com o segundo maior número de residências em insegurança alimentar grave do país, atrás apenas de São Paulo (409 mil). Em proporção, ocupa a 6ª posição nacional, liderando fora da Região Norte.
Desigualdades persistem
O estudo mostra que a insegurança alimentar permanece mais frequente entre lares chefiados por mulheres (59,9%), por pessoas pardas (54,7%) e por indivíduos com baixo nível de escolaridade (36% têm ensino fundamental incompleto).
Contexto nacional
Em todo o Brasil, a proporção de domicílios com insegurança alimentar caiu de 27,6% em 2023 para 24,2% em 2024. Apesar da melhora, o índice nacional ainda está acima do recorde positivo de 2013, quando o problema atingia 22,6% dos lares.
Sobre a pesquisa
Os dados integram o módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Esta é a sexta edição da série histórica sobre o tema, que também foi investigado nas pesquisas PNAD (2004, 2009 e 2013) e POF (2017-2018), com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA).
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