Justiça aceita denúncia contra grupo acusado de lavagem de dinheiro de empresa de ônibus ligada ao PCC

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A 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da capital em São Paulo, acatou a denúncia contra os dez envolvidos em uma suposta organização criminosa responsável por lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) na empresa de ônibus Transwolff. O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner determinou, nesta quarta-feira (24), a abertura de ação penal contra o grupo. O magistrado também manteve o bloqueio de bens dos acusados até o limite de R$ 596 milhões.

Além disso, a decisão do juiz mantém a interdição na empresa de ônibus, com o afastamento de sua diretoria. A Prefeitura nomeou um interventor para assegurar o funcionamento da Transwolff, que atende a cerca de 15 milhões de passageiros por mês na capital.

Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, o presidente afastado da empresa, e Róbson Flares Lopes Pontes, seu aliado na empresa, permanecem presos, por decisão do magistrado. Outro acusado, o contador Joelson Santos da Silva, também teve sua prisão mantida.

Os três tiveram suas prisões preventivas decretadas durante a Operação Fim da Linha, realizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo e da Receita Federal, em 9 de abril. Além das acusações de organização criminosa e lavagem de dinheiro, os réus são acusados de apropriação indébita e extorsões contra perueiros da antiga cooperativa Cooper Pam que se juntaram à empresa Transwolff.

Segundo a denúncia do Gaeco, o bloqueio dos bens dos acusados visa garantir o ressarcimento de prejuízos causados pela organização, correspondendo ao faturamento da Transwolff em 2021. O sequestro atingiu bens de 28 empresas e 16 pessoas, além de 43 imóveis, uma aeronave, três lanchas e duas moto-náuticas, tudo registrado em nome dos investigados.

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