Lula rejeita transferência de Rui Costa para Petrobrás e busca acordo estável com o Centrão
Em meio a negociações avançadas com os partidos PL e Republicanos para compor seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou a possibilidade de transferir o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para a presidência da Petrobras, como forma de abrir espaço para os potenciais aliados do Centrão.
Em uma entrevista coletiva concedida em Bruxelas nesta quarta-feira (19), após a reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE), Lula afirmou categoricamente: “Não existe. Estou te dizendo com todas as palavras, não existe a possibilidade.”
O presidente também enfatizou que a prerrogativa de discutir a composição ministerial é do presidente da República e não dos partidos que pleiteiam cargos. “Quem discute ministro é o presidente da República, não é o partido que pede ministério”, ressaltou.
Apesar disso, Lula expressou interesse em trazer os partidos do Centrão para a base aliada do governo, mas pediu calma nas negociações aos líderes partidários. Ele destacou a importância de construir um acordo “maduro, que seja duradouro”.
O presidente declarou que, no momento adequado e após o término das férias dos deputados, irá chamar as pessoas para conversar, oferecendo aquilo que considera necessário para construir a tranquilidade no Congresso Nacional. Ele pretende dialogar “com todas as forças políticas” para efetuar as “mudanças legislativas que o Brasil precisa”.
Com essas declarações, Lula busca equilibrar as negociações políticas e garantir uma base sólida para seu governo, sem ceder a pressões e mantendo a prerrogativa de decisão sobre as nomeações ministeriais. O diálogo com o Centrão é considerado estratégico para a governabilidade do país, e o presidente busca encontrar um consenso que atenda aos interesses das diversas forças políticas.