Ministro do Trabalho diz que continuidade do saque-aniversário será avaliada
Recém-empossado ministro do Trabalho, Luiz Marinho usou sua conta do Twitter, ontem, para amenizar o que disse a respeito do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na quarta-feira, ele havia afirmado que a nova administração federal pretendia encerrar a modalidade. Na sua visão, o fundo tem dois objetivos: funcionar como uma base de investimentos para habitação e constituir “a poupança do trabalhador para socorrê-lo no momento da angústia do desemprego”.
“Quando se estimula, como fez esse irresponsável e criminoso governo que terminou, sacar em todos os aniversários, quando o cidadão precisar dele (do FGTS), não terá”, disse Marinho, em entrevista ao jornal O Globo publicada na quarta-feira. Na postagem de ontem, entretanto, o ministro disse que a manutenção ou não do saque-aniversário será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e às centrais sindicais. “Nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, afirmou.
O ministro não é o único que defende o fim dessa modalidade do FGTS. O presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador, Mario Avelino, afirmou que o maior perdedor com o saque-aniversário é o próprio trabalhador. Segundo ele, muitos acabam sacando o dinheiro sem real necessidade e, quando precisam de fato dos recursos, no caso de um desemprego, doença ou compra de um imóvel, não podem mais fazer retiradas, e ficam com um saldo disponível menor.