Muquiranas disponibilizará banco de dados de associados para justiça

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O tradicional bloco As Muquiranas, conhecido por sua irreverência no Carnaval de Salvador, enfrentou controvérsias durante a folia de 2023 devido ao uso inadequado das famosas pistolas d’água por alguns foliões. Em um incidente específico, uma mulher foi cercada por indivíduos que usavam as pistolas, resultando na intervenção da Polícia Civil.

Diante da repercussão negativa, a diretoria das Muquiranas decidiu implementar mudanças para evitar situações semelhantes. O presidente do bloco, Washington Paganelli, anunciou que, a partir de 2024, as fantasias serão numeradas, criando um cadastro único para cada folião. Essa medida visa facilitar a identificação em casos de comportamento inadequado.

Após o incidente, As Muquiranas emitiram uma nota repudiando a situação e se comprometeram a realizar campanhas contra o desarmamento, o racismo, o preconceito, o trabalho infantil e pela proteção das mulheres. Além disso, o bloco assinou um termo de ajuste de conduta com o Ministério Público.

A nova legislação aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia e sancionada pelo governador proíbe o uso de pistolas d’água durante festas de rua, especialmente no Carnaval. Os blocos devem adotar medidas para impedir o uso desses artefatos por seus foliões, incluindo campanhas educativas e penalidades para infratores.

Fernanda Lordêlo, titular da Secretaria Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude, informou que As Muquiranas estão cumprindo o termo de ajuste de conduta e colaborando com a fiscalização. Além da numeração única nas fantasias, o bloco disponibilizará todo o banco de dados de associados para o sistema de Justiça, facilitando o acompanhamento da situação, se necessário. O Ministério Público está envolvido no monitoramento das ações do bloco, que incluem campanhas educativas e engajamento na promoção do respeito às mulheres durante o Carnaval.

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