Natal: com crescimento de 5%, lojas baianas não alcançaram o volume de vendas esperado
Presidente do Sindlojas informou que consumidor apresentou um comportamento ainda ‘tímido’
Apesar de uma melhora perante a 2020, as lojas comerciais da Bahia não atingiram as expectativas de vendas esperadas para o Natal deste ano. O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindlojas), Paulo Mota, informou que foi alcançado um crescimento de apenas 5% em relação a 2019 dos 10% previsto pela categoria.
“Nós tínhamos uma previsão de crescimento médio de expectativas de vendas de 10% em relação a 2019, mas a tendência recuou e as vendas do Natal finalizaram com uma correção na expectativa crescendo chegando a apenas 5% do que era esperado”, contou.
O presidente explicou ainda que o comparativo foi feito em relação a 2019 por ser “mais coerente”, já que em em 2020 o comércio funcionou com diversas restrições e não serve como parâmetro. Se fosse usado um comparativo com o ano anterior, o ‘crescimento’ seria de 30%, o que, segundo Paulo, é “irreal”.
“Não podemos comparar esse ano com o anterior porque em 2010 as lojas já estavam fechadas, havia limitação de horário, a pandemia estava extremamente ativa. Seria uma comparação muito ampla. Se a gente pegar esses 5% e projetar o comportamento sobre 2020, seria um crescimento de 30% e, nesse caso, seria uma irrealidade. Então a base sustentável é 2019, porque nesse ano já estamos com o comércio equiparado [em relação a funcionamento] com 2019”, explicou.
Dentre os itens mais procurados estiveram os itens que compõe o setor de Bens Duráveis, como itens de confecções, sapatos, cintos, bolsas, artesanatos, adereços, bijuterias. De acordo com o Sindlojas, esses itens tiveram uma prevalência sobre o chamado Bens Duráveis, que são eletrodomésticos.
O presidente associa esse diferença aos juros. “Tivemos a maior procura por itens que podemos chamar de ‘lembrancinhas’, justamente por causa da função da taxa de juros e dificuldade de liquidez por parte do consumidor. Então vários fatores influenciaram para um comportamento mais cauteloso na hora do consumidor fazer as compras. Optaram por compras mais econômicas e com isso, de fato, houve uma queda no crescimento econômico no volume de negócio”.
*bahia.ba