Um trágico naufrágio no mar Mediterrâneo deixou 44 migrantes desaparecidos próximo à ilha italiana de Lampedusa. Entre as vítimas estava uma menina de 11 anos, natural de Serra Leoa, que sobreviveu ao desastre. Ela foi encontrada flutuando na água com a ajuda de um colete salva-vidas e dois coletes improvisados feitos de câmaras de ar, segundo a ONG Compass Collective, que atua no resgate de migrantes na região.
A criança apresentava sinais de hipotermia e, após ser resgatada, foi examinada por um médico que estimou que ela passou cerca de 12 horas na água antes de ser encontrada. O irmão mais velho dela, que também estava na embarcação, continua desaparecido.
O barco, que havia partido da cidade de Sfax, na Tunísia, quatro dias antes, naufragou durante uma tempestade. As autoridades italianas, incluindo a Guarda Costeira e a Autoridade Portuária, seguem com as buscas para localizar os desaparecidos.
A Promotoria de Agrigento, na Sicília, iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do naufrágio, com suspeitas de naufrágio negligente, homicídio culposo e auxílio à imigração ilegal. O relatório da Capitania dos Portos será enviado aos promotores para dar sequência ao inquérito.
O episódio evidencia mais uma vez os perigos enfrentados por migrantes em busca de segurança e melhores condições de vida, em uma das rotas marítimas mais letais do mundo.