Diante do aumento da violência na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ações imediatas na área da segurança pública durante uma reunião em Brasília. Segundo o governador, a principal solicitação ao presidente foi a ampliação dos recursos destinados à segurança no estado.
Jerônimo destacou que a iniciativa de Lula foi “exemplar”, e que, independentemente das opiniões divergentes sobre o tema, ele e sua equipe se sentiram acolhidos pelo presidente. Durante a reunião, foram discutidas ações específicas para combater o crime, como o reforço na segurança nas fronteiras, que são rotas de tráfico de armas, drogas e outros crimes. O governador também mencionou a importância de um sistema de inteligência mais eficaz, afirmando que, mesmo sem um sistema único de segurança nacional, a Bahia dará uma resposta imediata ao problema.
Ele ainda fez um apelo ao presidente para que, assim como ocorre nas áreas de saúde e educação, o governo federal disponibilize uma “ata de registro de preços” para facilitar a aquisição de equipamentos de segurança, como armas e viaturas, que são muitas vezes de alto custo. Jerônimo sugeriu que a ampliação do repasse de recursos aos estados fosse uma forma de dar “uma mão amiga” na luta contra a criminalidade.
Na semana anterior, o Ministério da Justiça havia reunido o presidente Lula e governadores para apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Poder Judiciário, com o objetivo de aprimorar o sistema de segurança pública no Brasil. A PEC propõe incluir na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), instituído pela Lei 13.675, de 2018, além de atualizar as competências da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também visa constitucionalizar o Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária.
Essas medidas, segundo o governador, são vistas como essenciais para aprimorar a estrutura de segurança pública do país e ajudar estados como a Bahia a enfrentarem os desafios impostos pela violência.