PF realiza operação contra PMs investigados por desvio de armas para facções criminosas

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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta terça-feira (20) para combater o desvio de armas e munições para facções criminosas, envolvendo policiais militares, colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) e comerciantes de armamentos. A ação abrange cinco cidades na Bahia – Salvador, Lauro de Freitas, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e Porto Seguro – além de estados como Pernambuco e Alagoas.

A força-tarefa cumpre 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão. As investigações revelaram que uma grande quantidade de munições e armamentos foi desviada para facções criminosas através de um esquema de inserção de informações falsas nos sistemas oficiais de controle e fiscalização.

Em um dos casos destacados, um sargento da Polícia Militar de Petrolina (PE) movimentou aproximadamente R$ 2,1 milhões em pouco mais de seis meses, entre 2021 e 2023, uma quantia considerada incompatível com seus rendimentos. Segundo um delator, o grupo liderado pelo sargento vendia cerca de 20 armas de fogo por mês.

Além das prisões e buscas, foi ordenado o sequestro de bens e o bloqueio de valores até R$ 10 milhões dos investigados, assim como a suspensão das atividades econômicas de três lojas de material bélico.

A operação mobiliza mais de 300 policiais federais, grupos táticos das polícias militares da Bahia e Pernambuco, promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e membros do Exército.

A quebra de sigilo telefônico e telemático dos investigados revelou uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de armas de fogo, incluindo armas de uso restrito como fuzis e espingardas calibre 12 semiautomáticas. Esses armamentos são frequentemente utilizados em assaltos a carros-fortes e instituições financeiras, bem como em ações de domínio de cidades, conhecidas como “novo cangaço”.

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