Plano de Bruno prevê 100% dos ônibus com ar, câmeras corporais na GCM e mais áreas verdes; veja

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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), candidato à reeleição, apresentou seu plano de governo com foco em áreas cruciais e que têm sido alvo de críticas de seus concorrentes, como o transporte público e o meio ambiente. O documento, intitulado “Pra Salvador seguir em frente”, contém 146 páginas e foi submetido à Justiça Eleitoral. Nele, as propostas são divididas em sete eixos estratégicos e três projetos especiais, com destaque para o projeto de criação dos “corredores verdes”. Esse projeto visa aumentar as áreas sombreadas na cidade, contribuindo para a redução das altas temperaturas e promovendo o bem-estar da população.

No âmbito da mobilidade urbana, Bruno Reis se compromete a expandir e modernizar o sistema de transporte público de Salvador. Um dos principais objetivos é garantir que toda a frota de ônibus da cidade seja climatizada até 2028, caso ele seja reeleito. Essa medida busca melhorar a qualidade do serviço e o conforto dos usuários.

Além disso, o plano de governo inclui a implantação de câmeras nos uniformes dos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) e uma maior integração entre as inteligências das forças de segurança municipal e estadual. O uso das câmeras corporais é descrito como uma política que já foi testada e aprovada internacionalmente, trazendo benefícios como a melhoria na relação entre os agentes e as comunidades, maior controle da qualidade do trabalho da GCM, e um meio eficaz para coleta de provas que auxiliem as polícias civil e técnica na identificação de criminosos e combate à impunidade.

Bruno Reis defende que, após a implementação da Guarda Municipal armada, essa nova etapa de vigilância com câmeras corporais reforçará a segurança e transparência das operações, contribuindo para um ambiente mais seguro em Salvador.

Em geral, o plano traz propostas genéricas, sem detalhamento de prazos ou custos.

Vejas as propostas de Bruno Reis nas áreas transporte e meio ambiente:

TRANSPORTE E MOBILIDADE 

• Seguir aproximando o serviço, reduzindo o tempo de deslocamento e aumentando a segurança e o conforto.
• Alcançar, até o fim de 2028, uma frota 100% climatizada no transporte coletivo de Salvador.
• Ampliar para mais de 50% a frota de ônibus elétricos do BRT, permanecendo como
uma das maiores entre as capitais brasileiras.
• Ampliar a infraestrutura de apoio para ônibus elétricos, implantando o segundo eletroterminal de recarga, na região dos Barris
• Implantar corredor de ligação da orla à Cidade Baixa, via San Martin, com prioridade para o sistema de transporte público

Microacessibilidade ao metrô e BRT

• Melhorar a acessibilidade, implantando escadas rolantes para pedestres, como, por exemplo, a ligação Vale das Pedrinhas – Avenida ACM, que já possui projeto executivo concluído.
• Promover melhorias na iluminação, sinalização e acesso às estações do metrô e do BRT para serem acessíveis a todos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida.
• Integrar ciclofaixas e ciclovias às estações de metrô e BRT, aumentando a possibilidade de ciclistas incorporarem esses meios em seus deslocamentos.
• Estimular a implantação de estacionamentos seguros e organizados nas proximidades das estações do metrô e do BRT, aumentando a integração automóvel-transporte de massa.

Mobilidade ativa

• Expandir e integrar ainda mais a infraestrutura para dar maior segurança e como didade a pedestres e ciclistas, estimulando uma cidade sempre mais sustentável, saudável, acessível e de respeito mútuo no trânsito.
• Integrar trechos da rede cicloviária existente.
• Implantar intermodalidade entre as ciclovias e o sistema de transporte coletivo de passageiros.
• Implementar o Plano Cicloviário e avançar com a ampliação prevista em mais de 200 km de ciclovias e ciclofaixas até 2028, tornando a rede de Salvador uma das maiores do país.
• Implantar na cidade Áreas de Proteção ao Ciclista de Competição (APCC).
• Requalificar as calçadas em eixos viários de acesso ao transporte coletivo.
• Implantar ruas de pedestres ou tráfego compartilhado em locais de elevada circulação de pessoas.
• Implantar novas escadarias, requalificar e dar manutenção às já existentes. Realizar alargamento, iluminação e implantação de corrimão, quando necessário, em continuidade ao programa Degrau Legal.

Melhoria do sistema viário

• Seguir ampliando a malha viária e implantando soluções para aumentar a fluidez, a acessibilidade e a sustentabilidade.
• Construir o mergulho na Av. Mário Leal Ferreira—Luís Anselmo para permitir o acesso direto ao Bonocô, reduzindo distância e o tempo de deslocamento.
• Requalificar a Av. Ogunjá, importante via de ligação entre a Vasco da Gama e a Mário Leal Ferreira.
• Elaborar estudos para a implantação da nova Via Bom Juá-Miolo com corredor exclusivo para ônibus, ciclovias, ciclofaixas e equipamentos verticais para realizar a integração e articulação de áreas densas do miolo de Salvador. (Proposta enviadaao Novo PAC 2023).
• Duplicar o viaduto de conexão entre as avenidas Vasco da Gama e Ogunjá.
• Implantar nova via de ligação entre Av. 29 de Março e Estrada Cia/Aeroporto, na altura da Via Metropolitana.
• Melhorar a conectividade da região de Cajazeiras em face da morfologia urbana.
• Implantar novo sistema viário de acesso ao bairro de Mussurunga pela Av. Luis Viana Filho (Paralela) com nova avenida e viaduto de acesso da Av. Paralela à rua Prof. Plínio Garcez de Sena.
• Implantar nova via de ligação da Av. Luis Viana Filho (Paralela) à Av. Aliomar Baleeiro.

Corredores verdes

• Arborização de vias nos próximos 4 anos, o Corredores Verdes vai arborizar e recompor a vegetação em corredores de transporte de alta e de baixa dinâmica. Na primeira situação, serão implantados corredores verdes nas seguintes vias: • Avenida Juracy Magalhães Júnior, que liga Rio Vermelho-Santa Cruz-Itaigara.
• Avenida Otávio Mangabeira, da orla Pituba a Itapuã
• Rua Cônego Pereira, que liga Dois Leões-Sete Portas
• Avenida Manoel Dias, Pituba-Amaralina.Nas áreas de baixa dinâmica, serão arborizadas:
• Avenida Jequitaia, que liga o Comércio à Calçada
• Avenida Fernandes da Cunha, em Mares
• Bairro 2 de Julho.

Microparques

O Corredores Verdes vai devolver a natureza aos bairros mais adensados e com pouco verde, reproduzindo experimento aprovado por várias cidades do mundo de aproveitar pequenos espaços para criar micro parques. Esses respiros se darão onde for possível substituir gramados ou acimentados por árvores. As espécies serão plantadas conforme o tamanho e características do local, seguindo o manual técnico municipal. Os microparques formarão mais um elemento de conexão arbórea que é a base do Corredores Verdes, mas formarão também novas áreas de lazer com microclima ameno e maior contato com flora e fauna.

Miniflorestas

Salvador tem inúmeros canteiros e faixas próximas às vias, além de outras áreas de recanto, que podem ser transformadas em miniflorestas pelo plantio em densidade de espécies nativas de Mata Atlântica. A técnica das mini florestas foi criada pelo botânico japonês Akira Miyawaki nos anos 1970. Disseminou-se em cidades resilientes de todo o mundo e segue sendo replicada em função do baixo custo, crescimento rápido e alto impacto no conforto térmico urbano. O Corredores Verdes vai explorar esta vertente contra o efeito ilha de calor, reconhecendo seus vários outros benefícios adicionais, tais como absorção de carbono, processamento pluvial e redução da poluição sonora.

Encostas

As contenções de encosta também farão parte do Corredores Verdes. O que hoje é passagem de cimento se transformará em plantações suspensas. Serão usadas diferentes técnicas e tipos de plantas adequadas à área e estrutura da contenção, podendo ser trepadeiras de raiz aderente como hera, trepadeira de suporte como buganvília, plantio em vasos ou caixas instalados na base, ou ao longo da encosta. O objetivo é permitir que o verde se espalhe sobre a contenção, contribuindo para a regulação térmica. Essa vertente do programa também promove a estética, controle de erosão e biodiversidade.

Execução

Implantar o Corredores Verdes vai significar para a prefeitura o desafio de plantar milhares de mudas por ano e fazer a manutenção técnica até que adquiram a residência própria. Vai significar também aumentar a articulação com os vários atores como concessionárias de energia, órgãos municipais e estaduais, associações comunitárias. Há questões como tipo de fiação, tipo de pavimento, placas de sinalização do trânsito e várias outras que se vinculam ao projeto de forma transversal.

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