Planos de saúde propõem mudanças no tratamento de autismo

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Empresas de planos de saúde estão planejando apresentar à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) uma proposta de alteração no rol de cobertura para tratamento de pacientes com TEA (transtorno do espectro autista) e outros TGDs (transtornos globais do desenvolvimento), de acordo com a Abramge, associação que reúne mais de cem empresas do setor.

A proposta visa criar uma linha de cuidado com diretrizes mais detalhadas do que as aplicadas atualmente para os tratamentos. O setor de planos de saúde reclama das mudanças regulatórias recentes, incluindo a cobertura obrigatória de qualquer técnica ou método indicado pelo médico assistente e a liberação de consultas ilimitadas em terapias como fonoaudiologia e psicologia.

A ANS afirma que tem se reunido com representantes das empresas e da sociedade para discutir questões relacionadas ao acesso e à sustentabilidade do setor diante das demandas dos beneficiários com TGD. Em uma audiência pública em outubro do ano passado, a FenaSaúde apresentou casos de prescrições com mais de 80 horas semanais de atendimento para pacientes de 8 anos, além de solicitações de cobertura para técnicas sem evidência científica.

A iniciativa preocupa representantes de pacientes, especialmente em um momento em que aumentam as queixas sobre a assistência prestada pelos planos de saúde. Alguns alegam que a padronização proposta pelas empresas pode ser uma forma irresponsável de corte de custos, e enfatizam que as linhas de tratamento devem ser definidas em discussão com a sociedade e conselhos de profissionais de saúde.

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