PM e guarda municipal tambA�m atuaram em venda ilegal de armas, diz PF

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Policial Federal fraudava sistema para cadastrar armas vendidas ilegalmente em Feira de Santana

O esquema que fraudou o sistema da PolA�cia Federal para a venda de armas irregulares contou, alA�m um policial federal de Salvador, com um policial militar de Feira de Santana, e um guarda municipal do municA�pio de SA?o GonA�alo. Segundo o delegado federal Marcelo Siqueira, que conduziu as investigaA�A�es, o servidor da PolA�cia Federal atuava no setor de registro e porte de armas de fogo na sede da PF.A�A OperaA�A?o Hefetus foi deflagrada nesta terA�a-feira (8), mas as investigaA�A�es comeA�aram hA? cerca de seis meses.

De acordo com o delegado, as armas irregulares eram incluA�das no sistema da PolA�cia Federal a�� que concede o registro a�� como se fossem legais, com o objetivo de despistar a fraude, caso o registro de alguma delas fosse consultada. a�?Detectamos no nosso controle interno da PolA�cia Federal algumas operaA�A�es ilegais, inclusive com a participaA�A?o de um servidor nossoa�?. A�As operaA�A�es eram realizadas na loja Militar Coldres a�� Armas e Fardamentos, localizada em Feira de Santana.

Para ter o registro de porte de arma, A� preciso ser maior de 25 anos, ter residA?ncia fixa, nA?o ter antecedentes criminais e uma declaraA�A?o da efetiva necessidade para a autorizaA�A?o do uso do armamento. AlA�m disso, o requerente A� submetido a testes psicolA?gicos e prA?ticos. Para fraudar o sistema, instrutores de tiro emitiam os laudos. a�?O instrutor de tiro falsificava laudos de capacidade tA�cnica de tiro para subsidiar os processos irregulares dessa loja de arma de fogo e a venda das armasa�?, explicou.

Loja vendia pistolas que sA?o encontradas no mercado por R$ 3,5 mil por atA� R$ 15 mil (Foto: DivulgaA�A?o/PolA�cia Federal)
Loja vendia pistolas que sA?o encontradas no mercado por R$ 3,5 mil por atA� R$ 15 mil
(Foto: DivulgaA�A?o/PolA�cia Federal)

 

A PolA�cia Federal ainda nA?o sabe quando o esquema comeA�ou, mas, em umA�ano, foram vendidas 60 armas de maneira irregular. a�?A gente sA? conseguiu uma casa (loja) por enquanto envolvida, a investigaA�A?o nA?o se encerra com a deflagraA�A?o da operaA�A?o”, completou.

Durante as investigaA�A?o foram recuperadas sete armas de fogo e a loja foi fechada. a�?Hoje nA?o tivemos prisA?o, mas tivemos cumprimento de medidas cautelares, o afastamento dos servidores e o fechamento da lojaa�?, explicou o delegado Siqueira. A�Foram cumpridos mandados de busca e apreensA?o em Salvador, Feira de Santana e Serrinha.

Online
A loja vendia pistolas 380 PT838, que no mercado sA?o encontradas por cerca de R$ 3.500, por atA� R$ 15 mil. O armamento era vendido para empresA?rios, servidores pA?blicos e pessoas que nA?o tinham ocupaA�A?o fixa.

No site da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), o objeto social da empresa A� descrito como a�?comA�rcio varejista de armas, muniA�A�es, peA�as e acessA?rios para armas. Artigos de caA�a, pesca, camping, artigos de vestuA?rio, reparaA�A?o e manutenA�A?o de armas de fogo, ensino e treinamento de tiroa�?. A empresa A� uma sociedade empresA?ria limitada, com capital social de R$ 100 mil. A empresa iniciou as atividades em 16 de outubro de 2012. Em abril deste ano foi enquadrada como uma microempresa.

Em seu site, a empresa se apresenta como uma fornecedora de diversas armas, a preA�o baixo. a�?A Militar Coldres A� uma empresa fundada por entusiastas de armas localizadas Feira de Santana, Bahia. Nossa missA?o A� fornecer-lhe uma grande variedade de armas de fogo de alta qualidade e acessA?rios a preA�os mais baixos. Estamos constantemente A� procura de novas armas de fogo para adicionar ao arsenal Militar Coldresa�?, diz o texto publicado.

O site lista diversos produtos: airsofts, armas de fogo, armas de pressA?o, atiradeiras, botas, camping, coldres, capas de nylon e couro, coldres polA�mero, cutelaria, lanternas, lentes e material tA?tico. O site ainda tem uma seA�A?o para tirar dA?vidas a respeito de porte de arma, como renovaA�A?o da autorizaA�A?o, certificado de registro e lei do desarmamento. O CORREIO tentou manter contato com os proprietA?riosA�da loja, mas nA?o obteve sucesso.

Os envolvidos no esquema vA?o responder por organizaA�A?o criminosa, comA�rcio ilegal de arma de fogo, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, inserA�A?o de dados falsos em sistemas de informaA�A�es e falsidade ideolA?gica. As penas somadas podem chegar a mais de 30 anos de prisA?o.

Fonte: Correio da Bahia

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