População mundial ultrapassa 8 bilhões, segundo a ONU
A ONU projeta um “pico” de 10,4 bilhões na década de 2080 e uma estagnação até o final do século
A população mundial ultrapassa 8 bilhões de pessoas nesta terça-feira (15), segundo a estimativa oficial da Organização das Nações Unidas, que considera este “um importante marco no desenvolvimento humano” e um lembrete, em meio à COP27, de “nossa responsabilidade compartilhada de cuidar de nosso planeta”.
Para a ONU, “esse crescimento sem precedentes” – havia 2,5 bilhões de habitantes em 1950 – é resultado “de um aumento progressivo da expectativa de vida graças aos avanços na saúde pública, nutrição, higiene pessoal e medicina”.
Mas o crescimento da população também apresenta enormes desafios para os países mais pobres, onde é mais acentuado.
A Terra tinha menos de 1 bilhão de pessoas no século XIX, mas levou apenas 12 anos para crescer de 7 para 8 bilhões. E levará cerca de quinze anos para chegar a 9 bilhões, em 2037, um sinal de sua desaceleração demográfica.
A ONU projeta um “pico” de 10,4 bilhões na década de 2080 e uma estagnação até o final do século.
Comportamento mais do que número
O planeta ultrapassa 8 bilhões de habitantes em meio à conferência mundial do clima, a COP27, no balneário egípcio de Sharm el Sheikh.
A reunião volta a evidenciar a dificuldade dos países ricos, maiores responsáveis pelo aquecimento global, e dos pobres, que pedem ajuda para enfrentá-lo, de chegar a um acordo para tentar reduzir de forma mais ambiciosa as emissões de gases de efeito estufa derivadas da atividade humana.
Mas, “embora o crescimento demográfico amplifique o impacto ambiental do desenvolvimento econômico”, a ONU enfatiza que “os países onde o consumo de recursos materiais e as emissões de gases de efeito estufa por habitante são maiores geralmente são aqueles onde a renda per capita é mais alta e não aqueles onde a população está aumentando rapidamente”.
“Nosso impacto no planeta é determinado muito mais por nosso comportamento do que por nossos números”, disse à AFP Jennifer Sciubba, pesquisadora residente do Wilson Center, com sede em Washington.
Terra Brasil.