Produção industrial da Bahia cresce 4,9% entre julho e agosto e tem 2º maior avanço do país, aponta IBGE

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Setor volta a registrar alta após retração no mês anterior; refino de petróleo e papel impulsionam o resultado

A produção industrial da Bahia registrou crescimento de 4,9% entre julho e agosto de 2025, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada pelo IBGE. O resultado representa uma recuperação após a queda de 2,6% observada no mês anterior e coloca o estado com o segundo maior avanço do país, atrás apenas do Pará (+5,4%).

O desempenho baiano ficou bem acima da média nacional, que apresentou crescimento de 0,8% no mesmo período, considerando a série com ajuste sazonal — que elimina variações provocadas por fatores como calendário e sazonalidades.

Alta também em relação a 2024

Na comparação com agosto de 2024, a indústria baiana avançou 3,4%, revertendo o leve recuo de 0,2% em julho. O índice superou o resultado nacional, que teve queda de 0,7%, e ficou como o 5º melhor desempenho entre os 18 locais pesquisados.

As maiores altas do período foram registradas no Espírito Santo (+15,3%), Rio de Janeiro (+6,1%) e Pará (+5,8%).

Acúmulos positivos no ano e nos últimos 12 meses

Entre janeiro e agosto de 2025, a produção industrial da Bahia acumula alta de 0,9%, mesmo índice observado para o país, ocupando a 8ª posição entre os 18 estados pesquisados.

Nos 12 meses encerrados em agosto, o crescimento acumulado foi de 1,6%, marcando a 16ª alta consecutiva desde maio de 2024 — desempenho que também se iguala ao resultado nacional e mantém o estado na 6ª colocação entre as unidades federativas com crescimento.

Setores que puxaram o crescimento

O avanço da indústria baiana em agosto foi concentrado em quatro dos dez ramos da transformação, com destaque para refino de petróleo (+16,6%) e fabricação de celulose e papel (+17,5%), que juntos exerceram as maiores contribuições positivas.

A indústria extrativa também cresceu 14%, registrando o segundo mês consecutivo de alta, enquanto a indústria de transformação avançou 2,9%, após recuar em julho (-0,4%).

Por outro lado, seis atividades apresentaram retração, sendo a preparação de couros e fabricação de calçados a mais afetada, com queda de 35,9%, acumulando resultados negativos desde fevereiro. Já a fabricação de produtos químicos recuou 9,9%, impactando de forma significativa o desempenho geral do setor.

Contexto nacional

Em nível nacional, a produção industrial apresentou desempenho positivo em 10 dos 15 locais pesquisados, refletindo sinais de recuperação em alguns segmentos produtivos, embora ainda marcada por desigualdades regionais.

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