Rodoviários do sistema metropolitano de transporte declararam greve após passeata

Após uma passeata na Estrada do Coco, que resultou em considerável congestionamento na BA-099, durante a manhã desta segunda-feira (28), os rodoviários que atuam no sistema metropolitano de transporte decidiram, em uma assembleia, declarar estado de greve.

Os trabalhadores estão reivindicando o pagamento das rescisões de 530 funcionários demitidos, bem como a efetivação da PEC123/22. Além disso, a categoria demanda a abertura de uma mesa de negociação com o governo do estado. Segundo a liderança sindical, a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ainda não estabeleceu um diálogo para atender às reivindicações dos rodoviários que operam na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Em termos gerais, o estado de greve é uma situação que sinaliza aos líderes governamentais que a categoria pode, a qualquer momento, deflagrar uma greve. Quando uma categoria entra nesse estado, significa que está começando a se preparar para uma possível paralisação.

O presidente do Sindmetro, Mário Cleber, em contato com o bahia.ba, transmitiu tranquilidade à população, esclarecendo que, se a greve realmente ocorrer, provavelmente só será efetivada após o dia 11 de setembro. Nessa data, representantes da categoria têm um encontro agendado com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para mediar entre as demandas dos trabalhadores e as propostas do governo estadual. Antes disso, no dia 5 de setembro, conforme o líder sindical, está prevista outra reunião com o mesmo propósito no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

“Estamos em estado de greve. Se não houver progresso até o dia 11, seguiremos o que nosso estatuto determina e, através de uma assembleia, decidiremos os próximos passos. Se a greve for aprovada, será publicado um edital para anunciar a paralisação. Até lá, esperamos que o governo reconheça a situação e retorne à mesa de negociação”, afirmou Mário Cleber, buscando acalmar a população.