Seguindo os passos da China, Estados Unidos querem impedir carne bovina do Brasil

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Pecuaristas norte-americanos alegam que brasileiros demoram muito para informar problemas sanitários

Seguindo os passos da China, agora é os Estados Unidos quem querem impedir a entrada de carne bovina brasileira em seu território. Segundo a NCBA, poderosa federação dos produtores pecuaristas norte-americanos, o Brasil não tem compromisso nas relações, não comunicando rapidamente problemas sanitários à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Eles citam os dois casos atípicos de vaca louca que ocorreram em Minas Gerais e em Mato Grosso. Algumas associações querem impedir a importação do produto “in natura”. Outras querem um bloqueio de todas as carnes.

Vale lembrar que, em setembro deste ano, os Estados Unidos importaram 49% a mais de carne bovina do país brasileiro, na comparação com o mesmo período de 2020.

A participação da proteína brasileira nas importações totais norte-americanas subiu para 9,7% até setembro, bem acima dos 5,6% de igual período do ano passado. Enquanto Argentina, Uruguai, Austrália e México diminuíram a participação nas importações norte-americanas, o Brasil aumentou.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, esta semana está sendo um período de avaliações desse setor pelo mundo. As avaliações são de que 2022 poderá ser um período mais normal do que foi este ano, deteriorado pela pandemia de Covid-19, trava chinesa nas importações e redução na oferta de animais para abate. O cenário para os produtores, porém, deve ser de custos mais elevados no próximo ano e de necessidade de melhor gestão.

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