Uma falha logística causou a falta de água nas agências do INSS de Salvador nesta semana, deixando segurados e servidores sem acesso ao recurso essencial. Segundo o Sindicato dos Servidores Federais da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Sindprev), todos os galões de água mineral comprados pelo órgão estão concentrados na agência de Brotas. A razão para isso é a ausência de veículos para distribuir a água para as outras unidades da cidade.
Essa precariedade nas condições de trabalho é uma das razões que motivaram os servidores a entrarem em greve desde o dia 16 de julho. Eles apontam que o fato de a Bahia estar sob a jurisdição da Superintendência Regional de Recife resulta em vários problemas de manutenção, que vão desde o reparo de aparelhos de ar-condicionado até a distribuição adequada de água nas agências.
Em uma audiência pública recente na Câmara dos Deputados, foi discutido que o custo financeiro para criar uma superintendência dedicada para Bahia e Sergipe seria de apenas R$ 1,5 milhão por ano. Esse valor poderia ser facilmente compensado pela economia em logística e manutenção que a mudança proporcionaria.
A greve, que começou em 16 de julho, continua em todo o estado, com 500 servidores do INSS paralisados. Além de melhores condições de trabalho, os servidores reivindicam um reajuste salarial, o reconhecimento da carreira profissional típica de Estado e a manutenção da gratificação por produtividade. Eles também pedem que as negociações com o Governo Federal sejam ampliadas para além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, buscando um diálogo mais amplo e inclusivo.