Soldado que Matou Adolescente na Garibaldi Alega Legítima Defesa; Justiça Nega Prisão Preventiva
O soldado da Polícia Militar Marlon da Silva Oliveira, acusado de matar Gabriel Santos Costa, de 17 anos, em Salvador, afirmou ter agido em legítima defesa após uma suposta tentativa de assalto. O caso ocorreu na madrugada de domingo (1º) na Avenida Garibaldi. Gabriel foi baleado e morreu no local, enquanto um jovem de 19 anos, que estava com ele, ficou ferido e permanece hospitalizado.
O policial se apresentou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira (2), acompanhado de seus advogados. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do soldado, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Família contesta versão do PM
Familiares de Gabriel afirmam que o jovem não tinha envolvimento com atividades criminosas e classificam o ocorrido como execução. Em depoimento, eles reforçaram que Gabriel não possuía antecedentes criminais.
Já o soldado Marlon alegou que agiu ao se sentir ameaçado, versão que foi corroborada por sua namorada, que estava presente na hora do incidente.
Investigações em curso
Segundo a delegada Zaira Pimentel, responsável pelo caso, ainda não foram encontradas armas no local do crime. Apenas um carregador foi recolhido e será submetido à perícia.
Testemunhas do ocorrido, incluindo uma pessoa que registrou o momento em vídeo, serão ouvidas ao longo do dia. Outras duas pessoas que presenciaram o caso ainda não foram identificadas pela polícia.
Episódio anterior com Gabriel
Zaira também explicou que, até o momento, não há relação entre o homicídio e um episódio de 24 de novembro, quando Gabriel foi apreendido por desacato e liberado no mesmo dia. Na ocasião, a guarnição responsável pela abordagem não tinha vínculo com a unidade do soldado Marlon.
O caso segue em investigação, com o policial sendo processado sob acusação de homicídio.