Violência e destruição: comunidade quilombola de Caldeirão Grande sofre investida da PM

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A comunidade quilombola situada no município de Caldeirão Grande, inserida no Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, está abalada após uma ação chocante levada a cabo pela Polícia Militar. Relatos indicam que os agentes invadiram e reviraram pelo menos cinco residências na região, desencadeando caos e angústia. Um vídeo divulgado pelo Informe Baiano mostra claramente alimentos, roupas e móveis espalhados pelo chão das casas invadidas.

Conforme as alegações, os agentes não apenas invadiram as casas, mas também dispararam contra um veículo que, de acordo com os moradores, é crucial como “único recurso de socorro” para a comunidade.

Um jovem que testemunhou os eventos expressou sua indignação em um vídeo: “A Associação dos Quilombolas de Baraúna clama por socorro. Os policiais chegam em busca de drogas ou de indivíduos, invadem as casas de pais de família, confiscam os alimentos pelos quais as pessoas lutaram durante todo o ano, aguardando as chuvas, e cometem tais atos. Eles despejam os alimentos na areia, destroem tudo, quebram tudo.”

A comunidade está em busca de justiça e ação: “Os moradores estão exigindo uma resposta. Reconhecemos que a corporação não opera dessa maneira, invadindo as casas de pais e mães que sustentam suas famílias”, afirmou o jovem. “Agora, o povo está literalmente pegando migalhas de alimentos do chão. Alguém pode levar uma década para construir algo em seu lar, para oferecer conforto à sua família, e então a polícia chega e destrói tudo. A comunidade quilombola em Baraúnas está sofrendo gravemente com essa situação”, acrescentou.

Outro morador refletiu sobre as perdas: “Nossos documentos foram forçados a secar ao sol, pois foram encharcados. Até mesmo os cartões do programa Bolsa Família foram extraviados. O único veículo, que representa um auxílio vital nas atividades rurais, foi alvo de perfurações de balas. Como se estivéssemos no meio de um tiroteio. Isso é realmente justificável?”, questionou ele.

O Informe Baiano entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda uma resposta sobre essas sérias alegações. A comunidade espera por esclarecimentos e medidas que restaurem sua confiança na instituição de segurança.

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