Nesta quinta-feira (24), depois de nove meses de longas e tensas negociaA�A�es, o empresA?rio Marcelo Odebrecht e mais 76 executivos da Odebrecht deverA?o concluir a assinatura dos acordos de delaA�A?o firmados com a Procuradoria-Geral da RepA?blica dentro da OperaA�A?o Lava-Jato. Segundo publicaA�A?o do jornal O Globo, Os acordos tA?m potencial para colocar em xeque o sistema de financiamento eleitoral do paA�s.
Nas negociaA�A�es prA�-delaA�A?o, os executivos da empreiteira fizeram acusaA�A�es contra lA�deres de todos os grandes partidos governistas e da oposiA�A?o. Pelo menos 130 polA�ticos, entre deputados, senadores, ministros e ex-ministros deverA?o ser atingidos pelas delaA�A�es. Segundo fontes ligadas A�s negociaA�A�es, entre os citados estA?o o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros JosA� Serra (RelaA�A�es Exteriores), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Nas delaA�A�es tambA�m estariam os nomes do ex-presidente Lula, do senador AA�cio Neves (PSDB-MG), dos governadores de SA?o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); de Minas, Fernando Pimentel (PT); e do Rio, Luiz Fernando PezA?o (PMDB). Foram feitos relatos tambA�m sobre pagamentos supostamente ilegais para as campanhas da ex-presidente Dilma Rousseff.
Sobraram acusaA�A�es, ainda, para os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, que estiveram A� frente da Fazenda nos governos Dilma e Lula. Os delatores tambA�m acrescentaram novas denA?ncias contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e contra o ex-governador do Rio SA�rgio Cabral, que jA? estA?o presos por conta de outras acusaA�A�es na Lava-Jato.
Os acordos sA?o considerados devastadores pela importA?ncia dos polA�ticos atingidos e tambA�m pela riqueza de detalhes e provas dos crimes. Por exigA?ncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, e de outros investigadores, os delatores tiveram que apresentar documentos para comprovar as fraudes e a movimentaA�A?o do dinheiro desviado dos contratos com a Petrobras e outras A?reas da administraA�A?o.
Pelo acordo de delaA�A?o, Marcelo Odebrecht deverA? ser punido com dez anos de prisA?o, sendo dois anos e meio em regime fechado e o restante no semiaberto com progressA?o para a prisA?o domiciliar. Como o empresA?rio jA? estA? na cadeia desde 19 de junho de 2015, ele deverA? mudar de regime em dezembro de 2017. Ele teria pleiteado passar o Natal com a famA�lia, mas o pedido foi rejeitado pelos procuradores.
Os acordos preveem prisA?o domiciliar para os delatores, inclusive para o pai de Marcelo, EmA�lio Odebrecht. VA?rios delatores terA?o que usar tornozeleira eletrA?nica. Advogados dos rA�us se reuniram ontem com procuradores em BrasA�lia e em Curitiba para comeA�ar a assinaturas dos acordos. Mas ainda havia alguns detalhes que estavam sendo acertados. Ontem, para evitar chamar a atenA�A?o, os advogados e delatores ficaram alojados em pelo menos 12 hotA�is de BrasA�lia.
