Robinho sabia que o STJ iria negar a extradição para a Itália. Apesar de condenado por estupro, vive vida ‘normal’
Está mais do que explicadas às aparições públicas de Robinho. O jogador condenado na Itália por estupro aos poucos deixou de se esconder.
Já disputa torneios amadores de futevôlei no litoral paulista, Corre pela praia, Encontra amigos publicamente, como Diego, jogador do Flamengo.
Seus advogados já sabiam o que a agência Ansa divulgou. O Brasil recusou a extradição do jogador para a Itália, para que cumprisse sua pena de nove anos de cadeia.
A situação está prevista na Constituição e é controversa. Todo brasileiro que cometer crimes no Exterior não será extraditado. A única punição na prática que Robinho se submete é não viajar para o Exterior. Seu nome está divulgado na Interpol, como condenado, como criminoso. O acordo de condenação e extradição vale para 195 países.
O pedido negado do governo brasileiro para a extradição de Robinho é algo marcante.
É a primeira vez que um jogador que atuou na Seleção e disputou Copa do Mundo enfrenta uma condenação por estupro. Há duas possibilidades legais: a primeira é que Robinho siga vivendo normalmente no Brasil, fazendo o que quiser. A segunda é que o governo decida que ele cumpra os nove anos de prisão no país.
Tudo vai depender do Superior Tribunal de Justiça aplicar a lei de Migração 13.445/2017. Nela há previsão de cumprimento de pena por delitos cometidos por brasileiros no Exterior.
É raro que o STJ a aplique, mas já aconteceu. Não houve repercussão porque as pessoas não eram famosas como Robinho. A iniciativa teria de partir do Ministério da Justiça.
Robinho tem ficado cada vez mais confiante. Assim que a sentença saiu, em janeiro, ele se trancou na mansão que mora, no Guarujá, litoral paulista. Aos poucos foi saindo para a praia.
R7