Amazon pode enfrentar investigação sobre tratamento a fornecedores no Reino Unido
O órgão regulador de mercados do Reino Unido, o Groceries Code Adjudicator (GCA), ameaçou a Amazon nesta quinta-feira (11) com uma investigação formal caso a empresa não melhore sua conformidade com um código criado para proteger fornecedores.
Segundo informações do portal InfoMoney, a pesquisa anual de 2024 do GCA revelou que menos da metade dos entrevistados que forneciam diretamente à Amazon acreditavam que a gigante norte-americana cumpria “consistentemente” ou “a maioria” do Código de Prática de Fornecimento de Mercados.
Esse código, que visa garantir que os 14 maiores varejistas do Reino Unido, incluindo Tesco, Sainsbury’s e Marks & Spencer, tratem os fornecedores de forma justa, é obrigatório para a Amazon desde 2022. Ele impede que as empresas façam alterações nos contratos de fornecimento de forma inesperada e exige que os varejistas avisem com antecedência adequada caso não queiram mais usar um fornecedor, além de apresentarem os motivos para rescindir o contrato.
A conformidade percebida com o código pela Amazon caiu de 59% em 2023 para 47% em 2024, colocando a empresa em último lugar na classificação, cerca de 41 pontos percentuais atrás da Iceland, que está em 13º lugar com 88%. “Estamos muito decepcionados com esses resultados e estamos empenhados em melhorá-los”, disse um porta-voz da Amazon.
O GCA informou que a Amazon precisa tomar “medidas rápidas e abrangentes” para demonstrar conformidade com o código. O órgão está monitorando as mudanças que a Amazon está implementando e seu impacto para determinar se são suficientes.
Mark White, responsável pela fiscalização do código no GCA, afirmou: “Não hesitarei em iniciar uma investigação formal, se apropriado e necessário, para garantir que a Amazon esteja tratando seus fornecedores de forma justa e legal”.
Em última instância, o órgão pode impor penalidades financeiras de até 1% do faturamento de um grande varejista no Reino Unido.