Bahia não tem previsão para receber vacinas contra Mpox; imunização em massa está descartada

0 17

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que ainda não tem previsão para o recebimento de novas remessas de vacinas contra a Mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos). Em 2023, o estado recebeu um total de 904 doses da vacina, enviadas pelo governo federal em duas remessas: a primeira em março e a segunda em maio, com 452 doses cada. Todas as doses foram distribuídas entre os municípios baianos conforme a necessidade.

Na quinta-feira (15), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a compra de 25 mil doses da vacina por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). No entanto, a distribuição dessas doses não foi detalhada. A ministra destacou que a vacinação será destinada a casos excepcionais e grupos vulneráveis, como portadores de HIV, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que não indica uma vacinação em massa.

Em resposta ao aumento de casos, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-Mpox) para coordenar as ações de combate à doença. O comitê inclui a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e conselhos de secretários de saúde municipais e estaduais.

Até agora, em 2024, a Bahia registrou 38 casos confirmados de Mpox e dois suspeitos, sem registros de mortes. Salvador concentra a maior parte dos casos, com 21 confirmados e um suspeito. O estado passou por um período de 107 dias sem novas notificações, até a confirmação de dois novos casos em 7 de agosto.

No Brasil, foram registrados 709 casos de Mpox (696 confirmados e 13 prováveis) e 16 mortes em 2024. A maioria das mortes ocorreu entre portadores de HIV. Apesar da presença de uma cepa mais transmissível do vírus (Cepa 1b), as autoridades consideram que o risco para o país é baixo.

A investigação dos casos na Bahia é conduzida pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, em colaboração com os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estaduais e municipais.

Veja abaixo qual é hoje o público-alvo elegível para vacinação:

Vacinação pré-exposição

Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.

Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.

Vacinação pós-exposição

Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local.

Get real time updates directly on you device, subscribe now.

Comentários
Loading...