FamA�lia orienta irmA?o de Valdir Cabeleireiro a pedir proteA�A?o policial
Outros trA?s participantes do assassinato e da tentativa estA?o sendo procurados pela polA�cia
A famA�lia de Valdir MacA?rio soube da prisA?o de dois acusados pela morte do cabeleireiroA�pelas redes sociais. a�?EstA?vamos reunidos na hora, em uma cerimA?nia. NA?o temos mais o que falar, Deus jA? disse, eles estA?o aA� presos. Com certeza os outros serA?o encontradosa�?, acredita a irmA? do cabeleireiro Ide MacA?rio, 38 anos.

Ela contou tambA�m que Reginaldo ainda nA?o pediu proteA�A?o especial A� justiA�a, mas a famA�lia jA? o orientou a solicitar, com medo de que ele seja alvo novamente. a�?Por enquanto, a nossa proteA�A?o A� divina. Este A� um ano de recomeA�o para nossa famA�liaa�?, comentou. Ide disse que Jucilene, a mulher de Chocolate, era cliente do salA?o hA? pelo menos seis anos e costumava ir com frequA?ncia ao local.
Presos
Os dois homens que estavam sendo procurados pela morte do cabeleireiro Valdir MacA?rio, 45 anos, foram presos, na manhA? de ontem, em SimA�es Filho, na RegiA?o Metropolitana de Salvador. A�Eles tiveram as fotos divulgadas anteontem.
Segundo a polA�cia, o traficante Edgar Silva Santos, o Chocolate, 37, e Patric Ribeiro TupinambA?, 23, confessaram o crime em depoimento. Os dois foram apresentados, ontem A� tarde, na sede do Departamento de HomicA�dios e ProteA�A?o A� Pessoa (DHPP).
Chocolate, que A� o mandante do homicA�dio, ocorrido em 12 de novembro de 2016, contou A� polA�cia que matou Valdir por ciA?mes da mulher, Jucilene Alves dos Santos. Ele descobriu pelo celular que estava sendo traA�do. O acusado disse ainda que Valdir foi morto porque estava acobertando o caso do irmA?o, Reginaldo Manoel da Silva, com Jucilene, facilitando encontros entre os dois. Ele informou ainda que pagou R$ 20 mil para que uma dupla matasse Reginaldo, que sobreviveu ao atentado um mA?s antes do assassinato do cabeleireiro.

a�?O segundo crime (a morte de Valdir) foi praticado por comparsas de Chocolate, que teriam se solidarizado com o sofrimento dele por conta da traiA�A?oa�?, informou o delegado JosA� Bezerra, diretor do DHPP.
A� polA�cia, o irmA?o de Valdir jA? tinha dito que nA?o sabia que estava envolvido com a mulher de um traficante e que ela dizia que tinha um relacionamento, mas estava se separando. Para a polA�cia, Chocolate afirmou que seu A?nico arrependimento foi nA?o ter conseguido matar Reginaldo. Na coletiva de imprensa, no entanto, ele disse estar arrependido de tudo.
Ainda de acordo com o delegado, o mentor do crime disse que temeu uma represA?lia por parte de Valdir por causa do ataque contra Reginaldo.
Patric, que aparece no vA�deo divulgado pela polA�cia, foi um dos autores do ataque que culminou na morte de Valdir. Na delegacia, ele disse que Chocolate era para ele como um pai. Segundo a polA�cia, ele participou da segunda aA�A?o, mas nA?o efetuou os disparos contra o cabeleireiro.
SimA�es Filho
Chocolate e Patric foram presos em imA?veis diferentes em SimA�es Filho, com a ajuda do Disque-DenA?ncia. Ao perceber a aproximaA�A?o da polA�cia, Chocolate tentou fugir, subindo no telhado da casa, mas acabou capturado. Foram apreendidas uma pistola calibre 40 com ele e outra com Patric, alA�m de uma espingarda com Chocolate. De acordo com os presos, nenhuma dessas armas foi usada na morte de Valdir nem na tentativa de homicA�dio contra Reginaldo. Segundo eles, o armamento foi vendido para uma quadrilha de outro estado. a�?As armas ainda serA?o periciadasa�?, disse Bezerra.
Chocolate foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas e falsidade ideolA?gica – ele estava com uma identidade falsa ao ser preso. Ele tambA�m vai responder pela tentativa de homicA�dio contra Reginaldo e pela morte de Valdir. Chocolate ainda A� suspeito de ser mandante da tentativa de homicA�dio de uma cabeleireira amiga de Jucilene, em dezembro do ano passado, em PernambuA�s. JA? Patric foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma e vai responder pelo homicA�dio de Valdir. Presente no DHPP, Maria Joana Santos, que se identificou como irmA? de Chocolate, alegou que o irmA?o A� trabalhador. a�?Ele estava revendendo coco na praia. SA? porque ele tem passado, ficam condenandoa�?, disse ela.
Antecedentes
Em 2008, Chocolate e a mulher Jucilene foram presos com um grupo por trA?fico de drogas. No ano passado, ele foi condenado por esse crime a 19 anos e seis meses de prisA?o. Jucilene foi condenada a 11 anos e oito meses. Em 2015, o traficante foi preso novamente por trA?fico de drogas, portando ainda seis quilos de pedras preciosas. Ele A� apontado como lA�der do trA?fico nos bairros de Mussurunga, Stella Maris e Ipitanga. JA? Patric tinha passagem em 2015 por tentativa de roubo na Avenida Paralela.

(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
PolA�cia procura outros trA?s suspeitos
Outros trA?s participantes do assassinato de Valdir MacA?rio e da tentativa de homicA�dio de Reginaldo Manoel da Silva estA?o sendo procurados pela polA�cia. O trio, porA�m, nA?o teve o nome divulgado. Presos ontem, Chocolate A� apontado como mandante e Patric aparece no vA�deo de invasA?o do salA?o de Valdir, na Avenida Vasco da Gama.
Segundo o delegado JosA� Bezerra, na primeira aA�A?o, na qual Reginaldo foi atingido, foram dois envolvidos. a�?JA? na morte de Valdir, foram trA?s indivA�duos. Um carro estacionou em frente ao salA?o de beleza. Patric, entA?o, entra com um outro no estabelecimento, portando um fuzil do tipo 1556, usado em guerra. Esse segundo indivA�duo A� quem realiza os disparos contra Valdira�?.
ApA?s o crime, ambos fugiram com a ajuda do condutor do veA�culo. a�?Estamos A� procura e vamos capturA?-losa�?, afirmou o delegado. Faltam ser identificados o condutor, o executor e o terceiro envolvido que teria participado do atentado contra Reginaldo.
TambA�m foi solicitada a prisA?o temporA?ria de Jucilene, mulher de Chocolate. a�?Estamos A� procura dela para que possamos esclarecer os fatos e apurar se houve envolvimento dela no crimea�?, disse o delegado. A polA�cia confirmou ainda que Chocolate tinha uma amante e que Jucilene o traiu com Reginaldo para se vingar do marido.
Fonte: Correio da Bahia