O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o retorno do horário de verão pode acontecer já em novembro deste ano, caso o cenário hidrológico do país não melhore. A decisão ainda não foi tomada, mas Silveira mencionou que já houve conversas com representantes de companhias aéreas, o que sinaliza a possibilidade de mudanças nos próximos dias. A medida seria reintroduzida para ajudar a mitigar os impactos do uso elevado de energia em um momento de escassez de recursos hídricos, que afetam a produção de energia elétrica.
O CEO da Azul, John Rodgerson, já alertou que um retorno do horário de verão exigiria um prazo mínimo de 45 dias para reprogramar os voos, o que poderia complicar o planejamento logístico das companhias aéreas. Além disso, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), expressou preocupação com o impacto da mudança no horário durante o período das eleições municipais, afetando possivelmente a logística da votação e a divulgação dos resultados.
O horário de verão, antes de ser extinto em 2019, era aplicado em estados mais ao sul do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e outros que, devido à sua localização em relação à Linha do Equador, experimentam variações mais significativas na duração do dia. Segundo Silveira, a suspensão da medida pelo governo anterior foi baseada em uma decisão de cunho ideológico.