Na manhã desta quinta-feira (5), ao menos 21 pessoas foram presas sob suspeita de integrar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, utilizando rifas ilegais como fachada. Entre os detidos na Operação Falsas Promessas estão influenciadores baianos de destaque, como Ramhon Dias, Nannan Santos e Pedro Monteiro.
Segundo a Polícia Civil, o esquema movimentou aproximadamente R$ 500 milhões. A operação ocorreu em Salvador e outras cidades da Bahia, além de Goiás, Ceará e Espírito Santo. Até o momento, 14 prisões foram realizadas na capital baiana, cinco em Goiás e uma no Ceará. Um homem, identificado como líder de uma facção criminosa do bairro de Santa Cruz, em Salvador, foi morto durante um confronto com os agentes.
Durante a operação, a polícia apreendeu diversos itens de luxo, incluindo veículos de alto valor, relógios, armas, munições, celulares, roupas de grife e dinheiro em espécie, cujo valor não foi revelado. Ao todo, mais de 50 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.
Ramhon Dias, um dos principais alvos, promovia rifas ilegais em sua página no Instagram, “Máquina de Prêmios”, onde organizava sorteios diários de carros de luxo e dinheiro, com cotas que variavam a partir de R$ 0,49. Nas redes sociais, onde acumulava mais de 445 mil seguidores, Ramhon exibia uma vida de luxo e ostentação, embora esses registros tenham sido apagados. Nannan Santos, outro influenciador envolvido, contava com mais de 1 milhão de seguidores em seu perfil.
A operação acontece logo após a prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, na quarta-feira (4), suspeita de envolvimento em um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 3 bilhões. Deolane foi presa junto com sua mãe, Solange Alves, no Recife, mas nega as acusações, afirmando que seus ganhos vêm de contratos publicitários com a casa de apostas Esportes da Sorte.
A megaoperação conta com cerca de 200 policiais civis e busca desmantelar essa rede criminosa que utiliza jogos de azar como fachada para atividades ilícitas.