Moro fez vista grossa para ilegalidades da Lava Jato, diz braço-direito de Aras

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O secretário-geral do Ministério Público da União, o paraibano Eitel Santiago de Brito Pereira, de 64 anos, nomeado por Augusto Aras criticou, durante entrevista à CNN Brasil, todos os atores que atuaram na Operação Lava Jato, como o então juiz Sergio Moro, e o então procurador-geral Rodrigo Janot. 

Na opinião de Pereira, a operação “no afã” de combater a corrupção, desrespeitou algumas regras procedimentais, que resguardam a lisura das investigações. Contudo, ele considera a operação positiva. Em março, a operação completou seis anos. Durante esse período, foram 70 fases, 1.343 buscas e apreensões, 130 prisões preventivas, 163 prisões temporárias, 118 denúncias, 500 pessoas acusadas, 52 sentenças e 253 condenações.

“Quando, em 2017, tentei, pela última vez, ser PGR, denunciei de público desvios de comportamento de alguns membros do Ministério Público. Mostrei a ilegalidade das prisões processuais – temporárias ou preventivas prorrogadas por muito tempo, ou sem fundamentação concreta, e ordenadas apenas para facilitar a obtenção de uma confissão e de uma delação que atinja outros corréus. Mostrei a ilegalidade da divulgação antecipada de nomes de pessoas investigadas antes da instauração da ação penal, com o recebimento da denúncia”, disse. 

Sérgio Moro

O procurador-geral criticou, sobretudo, a postura de uma das peças mais importantes na condução da operação. Ao ser questionado sobre Moro, ele o classificou como “vaidoso”, sugerindo que o ex-ministro da Justiça tinha feito “vista grossa para ilegalidades das investigações”.

“Sérgio Moro é extremamente vaidoso. Mas fez vista grossa para ilegalidades cometidas em algumas investigações. Não se conduziu, portanto, com a isenção que deve orientar a conduta de quem abraça a carreira da Magistratura. Moro abandonou a carreira de juiz pensando em ser Ministro do STF. Dizem que percebeu que o nome dele não passaria no Senado Federal. Partiu, então, para outro projeto pessoal. Quer, agora, entrar na política partidária.”, completou.

Fonte: BNews

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