O esquema investigado pelo Ministério Público da Bahia envolve um grupo acusado de desviar recursos públicos por meio de contratos superfaturados e práticas de lavagem de dinheiro. Empresas como Transloc, Conserv, e TSP Transerv estão no centro das investigações, sendo utilizadas para celebrar contratos fraudulentos com o governo, em que os serviços eram mal executados ou não prestados, e os valores cobrados eram acima do mercado.
Flávia César Mendonça, filha da prefeita de Ipiaú, recebeu uma ordem judicial que a impede de entrar na prefeitura.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) revelou que o esquema contava com a participação de empresários e agentes públicos, que se beneficiavam das operações fraudulentas para movimentar fundos ilícitos, dissimulando sua origem. A investigação aponta que essas empresas serviam como “fachadas” para justificar os contratos e esconder as transações ilícitas.
O esquema do grupo sob investigação é suspeito de desviar recursos por meio de contratos com preços exagerados e de empregar organizações para realizar transações financeiras de maneira ilícita.
Flávia César Mendonça, uma das acusadas, tinha um papel administrativo e, aproveitando sua posição, facilitava o esquema. Ela é filha da prefeita de Ipiaú e foi alvo de medidas judiciais, incluindo a proibição de acessar a prefeitura. Além disso, a Polícia Federal realizou uma operação no dia 24, que resultou na apreensão de veículos e bloqueio de contas ligadas à Mendonça Patrimonial. O Ministério Público exige a devolução de mais de R$ 20 milhões como reparação pelos danos causados.
O caso é considerado um dos maiores esquemas de corrupção já investigados na cidade de Ipiaú, envolvendo uma rede de empresários e funcionários públicos que desviavam dinheiro público para interesses privados.