O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 14 pessoas por participação em uma rede de tráfico internacional de drogas operada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em parceria com a máfia italiana ‘Ndrangheta. A denúncia, originada da Operação Mafiusi da Polícia Federal, detalha que o esquema funcionou entre 2019 e 2023, utilizando o Porto de Paranaguá, no Paraná, para transportar cocaína à Europa.
De acordo com o MPF, os envolvidos formavam uma organização criminosa hierárquica e bem estruturada, operando com celulares criptografados (SKYECC), movimentação expressiva de dinheiro e mecanismos sofisticados de lavagem de capitais. O grupo usava compra de imóveis e agenciamento de jogadores de futebol para ocultar os lucros ilícitos.
O empresário Willian Barile Agati, apontado como líder do esquema e conhecido como “concierge do PCC”, foi preso em janeiro. Segundo a investigação, ele tentou enviar 554 kg de cocaína para a Espanha em 2020 e gerenciava a logística do tráfico. Sua defesa nega as acusações e questiona a legalidade das provas.
Além do transporte marítimo, a denúncia aponta que o grupo utilizava jatos particulares para remessas internacionais, ampliando o alcance da operação criminosa.
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