O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou sobre “graves consequências legais” para o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, em razão de uma intimação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na quarta-feira (7). Em um vídeo gravado durante um evento no Palácio Miraflores e divulgado no Instagram, Maduro chamou González Urrutia de “fascista” e afirmou que os líderes partidários que compareceram ao tribunal admitiram não ter as atas da eleição, dizendo: “Reconheceram que não têm atas e não têm nada.”
Maduro continuou com uma mensagem de confiança, afirmando: “Estamos preparados, estamos unidos. A verdade nos pertence e a vitória é nossa. A vitória da paz, da Constituição, da Justiça, da soberania, da independência, das ideias republicanas, do socialismo do século XXI.”
Após não comparecer à intimação, González Urrutia escreveu em uma carta publicada no X que tinha receio de se apresentar à câmara eleitoral do tribunal, sentindo-se “totalmente vulnerável devido à impotência e à violação do devido processo legal.” Ele destacou que comparecer ao tribunal colocaria em risco não apenas sua liberdade, mas também a vontade do povo venezuelano, expressa nas eleições de 28 de julho.
‘CNE não publica atas, nem hoje, nem nunca’
Diosdado Cabello, primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), afirmou em um programa de rádio que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nunca divulgou as atas completas de todas as seções eleitorais e que é improvável que os pedidos internacionais sejam atendidos. Cabello destacou que o CNE, historicamente, apresenta os resultados por centro eleitoral e que aqueles que não estão satisfeitos devem levar seus registros de votação ao órgão correspondente para registrar suas reclamações. Ele enfatizou: “O CNE não publica atas, nem hoje, nem na Quarta República, nem nunca. O CNE não publica atas, publica resultados.”