Petrobras assina acordo de US$ 2,2 bilhA�es com empresa francesa
De imediato, a empresa vai receber US$ 1,6 bilhA?o
A Petrobras assinou nesta quarta-feiraA�(21) um Acordo Geral de ColaboraA�A?o [chamado de Master Agreement], de Parceria EstratA�gica com a empresa francesa Total, que tinha sido estabelecida no Memorando de Entendimentos, firmado entre as duas, no dia 24 de outubro deste ano. O valor global estimado do negA?cio A� de US$ 2,2 bilhA�es, incluindo entrada de caixa A� vista, pagamentos contingentes e um carrego de investimentos no desenvolvimento da produA�A?o de ativos comuns A�s duas empresas, a ser pago pela Total A� Petrobras e suas subsidiA?rias, a depender do caso. De imediato, a empresa vai receber US$ 1,6 bilhA?o.
a�?O que a gente estA? querendo com este programa todo, alA�m, nesse caso especA�fico com estas vantagens estratA�gicas? A� ter recurso para ajudar a pagar as nossas dA�vidas e reduzir o nosso endividamentoa�?, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em entrevista, esta noite, na empresa, no centro do Rio.
As equipes das duas companhias trabalham nos contratos de compra e venda (Sale and Purchase Agreements – SPA) referentes aos ativos do acordo e se comprometeram a fazer todos os esforA�os para concluA�rem os acertos para a assinatura ocorrer em 60 dias.
A Petrobras considera as parcerias estratA�gicas parte significativa do Plano de NegA?cios e GestA?o 2017-2021 da companhia, porque contribuem para a reduA�A?o de riscos, fortalece a governanA�a corporativa, o compartilhamento de informaA�A�es, experiA?ncias e tecnologias. AlA�m disso, segundo a companhia, melhora as condiA�A�es de financiamento com entrada de novos recursos no caixa e desonera os investimentos.
O presidente da Petrobras, disse que este acordo nA?o pode ser incluA�do nos questionamentos do Tribunal de Contas da UniA?o (TCU) sobre o Programa de Desinvestimentos da companhia, cuja meta A� de R$ 15,1 bilhA�es para o biA?nio 2015-2016. a�?NA?s estamos mostrando muito claramente que por ser uma parceria estratA�gica tem aspectos bastante diferentes de um simples desinvestimentos. NA?s temos este contrato que nA?o A� um contrato final, A� o que chamamos de Master Agreement, e no momento que os contratos que tornam concretos esta parceria forem assinados, entA?o, eles serA?o submetidos aos A?rgA?os de controle, inclusive ao prA?prio TCUa�?, disse.
TCU
Parente disse que a meta do programa de desinvestimentos permanece mesmo com os questionamentos do TCU sobre a anA?lise se a empresa cumpre a legislaA�A?o no programa de venda de ativos. a�?Temos absoluta certeza de que nossas metas nA?o estA?o comprometidas, porque temos entendimento com o Tribunal de Contas da UniA?o e vamos trabalhar as modificaA�A�es que eles gostariam de ver na nossa sistemA?tica o mais cedo possA�vela�?, disse.
O executivo acrescentou que, sobre os questionamentos judiciais contra a venda de ativos da empresa, suspensa por liminar, que a Petrobras nA?o conseguiu derrubar atA� o momento, a intenA�A?o A� lutar na JustiA�a. a�?Em uma situaA�A?o como esta, nos compete recorrer e nA?s vamos recorrer atA� conseguir convencer ou tentar prevalecer o nosso ponto de vista. NA?s nA?o vamos parar, nA?o vamos sossegar e nA?o vamos deixar de tentar atA� a A?ltima instA?nciaa�?, disse.
Para o presidente da Total, Patrick PouyannA�, que estava na entrevista ao lado de Pedro Parente, esta A� uma grande parceria e traz a possibilidade de contar com a Petrobras em investimentos que a empresa francesa faz no exterior. Um deles A� um projeto na A?rea de Perdido Foldbelt, no setor mexicano do Golfo do MA�xico, no qual a Total se habilitou ao vencer um leilA?o de exploraA�A?o em A?guas profundas.
A Petrobras tem prazo para decidir se associar ao projeto. a�?NA?s temos um ano para decidir se nA?s queremos 20% de participaA�A?o nessa exploraA�A?o sem qualquer custo. Isto A� mais uma vantagem desse acordo estratA�gico e se nA?o fosse estratA�gico, certamente a Total nA?o nos abriria esta oportunidadea�?, disse Parente.
O presidente da Petrobras destacou que a Total A� uma das mais importantes empresas mundiais de exploraA�A?o de A?leo e gA?s em campos que tem uma formaA�A?o geolA?gica semelhante aos que a companhia explora em A?guas profundas e por isso tem uma componente estratA�gica muito forte que A� trocar experiA?ncias e dividir riscos em uma indA?stria intensiva em capital com retorno que pode levar atA� 25 anos depois. a�?A� uma parceria que faz muito sentido para a Petrobras e estamos muito satisfeitos de ter chegado ao ponto que chegamos que A� a assinatura desse acordo geral que se concretiza dois meses A� frente com a assinatura dos contratos especA�ficosa�?, disse.
Conforme o acordo, a Petrobras nA?o precisarA? fazer desembolsos e ainda vai receber recursos importantes para empresa no momento em que busca a reduA�A?o do endividamento. As duas empresas se tornarA?o parceiras nos campos de Iara e Lapa, no prA�-sal da Bacia de Santos e em duas usinas tA�rmicas, com compartilhamento de infraestrutura do terminal de regaseificaA�A?o, localizados na Bahia. A Petrobras e a Total jA? tA?m parcerias em 19 consA?rcios de exploraA�A?o e produA�A?o no Brasil e no exterior. Uma delas A� na camada prA�-sal na A?rea de Libra, alA�m de outros na Bacia do EspA�rito Santo e na Bacia de Pelotas. As empresas tambA�m sA?o sA?cias no gasoduto BolA�via-Brasil.
Fonte: AgA?ncia Brasil