A Procuradoria-Geral da RepA?blica (PGR) ofereceu nesta quarta-feira, 30, denA?ncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sete polA�ticos do PP implicados na OperaA�A?o Lava Jato. SA?o alvos do pedido da PGR os deputados Arthur Lira (AL), MA?rio Negromonte Jr. (BA), Luiz Fernando Faria (MG), JosA� OtA?vio Germano (RS), Roberto Britto (BA) e os ex-deputados MA?rio Negromonte (BA) e JoA?o Alberto Pizzolatti (SC).
Todos os polA�ticos sA?o acusados pelos crimes de corrupA�A?o passiva e ocultaA�A?o de bens. Negromonte Jr. tambA�m foi denunciado por organizaA�A?o criminosa e por tentar atrapalhar as investigaA�A�es.
A denA?ncia foi oferecida num inquA�rito que, inicialmente, investiga Pizzolatti por ser beneficiA?rio do esquema de propinas instalado na PetrobrA?s. O pedido da PGR A� sigiloso porque tem como base informaA�A�es prestadas em acordos de delaA�A?o premiada que ainda sA?o mantidas em segredo no Supremo.
Todos os polA�ticos denunciados sA?o alvos de outros procedimentos jA? instaurados no STF no A?mbito da Lava Jato. Eles sA?o mencionados no inquA�rito conhecido como “quadrilhA?o”, que investiga parlamentares, ex-parlamentares e operadores do esquema. Pizzolatti A� alvo de quatro inquA�ritos, Lira de trA?s, Germano de dois e os demais de um inquA�rito.
PP na Lava Jato
O PP A� o partido com o maior nA?mero de polA�ticos investigados no esquema de corrupA�A?o da Petrobras – sA?o 32 no total. Segundo as investigaA�A�es, a legenda detinha o controle da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, um dos mais robustos focos da corrupA�A?o na estatal.
O engenheiro Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, foi indicado pelo PP para a Diretoria de Abastecimento. Para se manter no cargo, Costa direcionava a parlamentares do PP porcentual de contratos fraudados com as maiores empreiteiras do PaA�s.
Pizzolatti recebia vantagens ilA�citas que eram diretamente pagas pelo doleiro Alberto Youssef. Em delaA�A?o premiada, o doleiro disse que o ex-deputado catarinense fazia questA?o de retirar pessoalmente o dinheiro no escritA?rio de Youssef em SA?o Paulo para nA?o pagar taxa de transporte de valores.
Na campanha de 2010 A� CA?mara, foram destinados R$ 5,5 milhA�es a Pizzolatti. As revelaA�A�es foram feitas por Carlos Alexandre de Souza Rocha, o CearA?, em delaA�A?o premiada ao MinistA�rio PA?blico Federal (MPF). CearA? prestava serviA�os para Youssef como entregador de dinheiro desviado da petroleira.
Negromonte, ex-ministro das Cidades, tambA�m foi citado por Youssef por ter ajudado a organizar repasses de propinas para o PT e o PP em um contrato no Denatran no perA�odo em que ocupava o cargo no Executivo. O filho dele, Negromonte Jr., foi incluA�do nas investigaA�A�es em dezembro do ano passado.
Fonte:A�EstadA?o
